Com apenas 4 filmes em 24 anos de carreira, o belga Jaco Van Dormael não é nem um pouco prolífico. Porém, quando ele decide lançar uma história nos cinemas, pode ter certeza que vem coisa boa por aí. Seis anos depois do extraordinário Sr. Ninguém, Dormael volta a levantar questões existenciais em O Novíssimo Testamento (Le Tout Nouveau Testament), uma comédia dramática que promete incomodar muita gente.
Deus (Benoit Poelvoorde) existe em carne e osso, mas não é das pessoas mais adoráveis de se conviver. Brigão e de temperamento explosivo, ele tem a aparência largada de um cara de meia-idade e vive de roupão pela casa. Sua diversão é criar desastres na vida das pessoas, enquanto destrata a filha e a mulher por qualquer motivo. Decidida então a se vingar do pai, a menina entra em seu computador e envia para todos os seres humanos as suas datas de morte, criando um verdadeiro caos na Terra.
Não espere nada crível no filme, pois sua intenção é realmente passar longe disso. A história já começa com Deus mandando e desmandando no mundo através da tela de seu computador, onde tem os dados e as informações necessárias para fazer o que bem entender com a vida de bilhões de pessoas. É através da tela que ele cria leis estapafúrdias do cotidiano de todos como a lei da geleia no pão, que sempre cai para baixo, da fila ao lado que anda mais rápido ou do telefone que sempre toca quando a pessoa entra na banheira.
Apesar da figura de Deus, quem se torna protagonista do filme é Ea (Pili Groyne), a sua filha de 10 anos, que se rebela e decidi descer à Terra em busca de discípulos, imitando seu irmão JC (sim, ele mesmo, Jesus Cristo). A partir de então, o enredo muda de direção e passa a focar em pequenas histórias de pessoas e suas perspectivas quanto à proximidade da morte. Com cenas curiosas e originais, o principal trunfo do filme é justamente mostrar o que passa na cabeça de diversos personagens quando estes descobrem quantos dias lhes faltam de vida.
Alguns seguem a vida da mesma forma, enquanto outros radicalizam e resolvem largar tudo para curtir em paz os dias que faltam. Tem o jovem que sabe que vai viver mais 62 anos desafia a morte a todo instante, se jogando de prédios e pontes. Tem ainda o menino que tem poucos dias de vida e realiza o desejo de se vestir como menina e até mesmo a mulher que pretende experimentar coisas novas e acaba flertando com um gorila.
Não espere nada crível no filme, pois sua intenção é realmente passar longe disso. A história já começa com Deus mandando e desmandando no mundo através da tela de seu computador, onde tem os dados e as informações necessárias para fazer o que bem entender com a vida de bilhões de pessoas. É através da tela que ele cria leis estapafúrdias do cotidiano de todos como a lei da geleia no pão, que sempre cai para baixo, da fila ao lado que anda mais rápido ou do telefone que sempre toca quando a pessoa entra na banheira.
Apesar da figura de Deus, quem se torna protagonista do filme é Ea (Pili Groyne), a sua filha de 10 anos, que se rebela e decidi descer à Terra em busca de discípulos, imitando seu irmão JC (sim, ele mesmo, Jesus Cristo). A partir de então, o enredo muda de direção e passa a focar em pequenas histórias de pessoas e suas perspectivas quanto à proximidade da morte. Com cenas curiosas e originais, o principal trunfo do filme é justamente mostrar o que passa na cabeça de diversos personagens quando estes descobrem quantos dias lhes faltam de vida.
Alguns seguem a vida da mesma forma, enquanto outros radicalizam e resolvem largar tudo para curtir em paz os dias que faltam. Tem o jovem que sabe que vai viver mais 62 anos desafia a morte a todo instante, se jogando de prédios e pontes. Tem ainda o menino que tem poucos dias de vida e realiza o desejo de se vestir como menina e até mesmo a mulher que pretende experimentar coisas novas e acaba flertando com um gorila.
Além da originalidade do enredo, o filme conta ainda com excelentes atuações. Além de Benoit Poelvoorde e Pili Groyne, também chamam a atenção Yolande Moreau, na pele da esposa de Deus, François Damiens e a veterana Catherine Deneuve. Representante da Bélgica no Óscar de 2016, O Novíssimo Testamento é no fim uma divertida crítica ao modo como o mundo enxerga a figura de Deus, e faz uma singela reflexão sobre o comportamento humano diante de uma verdade irrefutável: a data da própria morte.
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