Minha expectativa para refilmagens costuma ser sempre baixa, porque é impossível olhá-las sem querer comparar o clássico com o atual (o que geralmente gera decepções), mas posso dizer que ao assistir o novo filme de Mufasa, Simba e companhia, eu saí do cinema encantado e de alma lavada, depois de chorar no mínimo umas quatro vezes. É óbvio que existe um forte apelo nostálgico em todo o filme, não teria como ser diferente, mas é exatamente isso que o torna tão gigante.
Desde a primeira cena (que aliás, é a única parte do filme que não é feita na computação gráfica), fica bastante evidente a utilização da mesma trilha sonora do primeiro filme, e isso para mim foi um dos principais acertos desta produção. Quem se emocionou da primeira vez vai se emocionar ainda mais revivendo cada canção. Mas não é somente a trilha sonora que é idêntica, mas também praticamente todos os diálogos dos personagens e grande parte das cenas. Tudo extramente fiel.
Desde a primeira cena (que aliás, é a única parte do filme que não é feita na computação gráfica), fica bastante evidente a utilização da mesma trilha sonora do primeiro filme, e isso para mim foi um dos principais acertos desta produção. Quem se emocionou da primeira vez vai se emocionar ainda mais revivendo cada canção. Mas não é somente a trilha sonora que é idêntica, mas também praticamente todos os diálogos dos personagens e grande parte das cenas. Tudo extramente fiel.
O enredo, para quem não conhece, começa mostrando o nascimento de Simba, o filho do rei Mufasa, que um dia herdará todas as terras do pai. Mas quando Scar, seu tio, arma para matar Mufasa e assumir o trono, Simba precisa fugir para sobreviver, levando consigo uma culpa que ele nunca mais vai conseguir esquecer. Na sua jornada, ele acaba conhecendo Timão e Pumba, uma dupla composta por um Javali e um Suricato, e a amizade dos dois o fazem enxergar a vida de uma outra maneira, muito mais otimista.
O legal de O Rei Leão são justamente as mensagens que ele tenta passar. A máxima de que "coisas ruins acontecem, mas você precisa aprender e crescer com elas", mesmo parecendo discurso de coach, continua sendo o mote central da história e é muito bem elaborada. A clássica canção "Hakuna Matata" explica bem essa ideia de não se preocupar com as coisas que acontecem, de não focar nos problemas e seguir em frente".
É estranho falar de elenco num filme sem figuras humanas, mas o filme possui vozes marcantes e intensas, num trabalho impecável de todos os envolvidos. Beyoncé é a estrela principal, brilhando na voz de Nala, a melhor amiga de Simba. O próprio Simba é dublado por Donald Glover, e tem também o excelente Chiwetel Ejiofor, dando voz ao vilão Scar. Na lista ainda tem os comediantes Seth Rogen e Billy Eichner que dão vida aos encantadores Timão e Pumba.
Por fim, O Rei Leão é uma experiência única, uma ode à vida, e um exemplo de enredo que nunca vai envelhecer. Vale muito a pena para todos os públicos, desde a geração que não teve contato com o primeiro filme, até os que, como eu, assistiram incontáveis vezes numa fita VHS (a verde, de preferência).