sexta-feira, 25 de março de 2016

Crítica: Nossa Irmã Mais Nova (2016)


Quem conhece o cinema do japonês Hirokazu Kore-eda sabe que ele tem uma temática muito própria. Com personagens super humanos, quase sempre envolvidos em um grande drama familiar, Kore-eda gosta de mostrar em suas estórias que a vida é feita de momentos bons e ruins, e que ambos são fundamentais no cotidiano de cada um.


Na trama de Nossa Irmã Mais Nova (Umimachi Diary), Sachi (Haruka Ayase), Yoshino (Masami Nagasawa) e Chika (Kaho) são três irmãs que vivem juntas e acabam de saber da morte do pai, que não vêem há mais de 15 anos. Elas viajam para acompanhar o funeral e lá acabam conhecendo sua irmã mais nova por parte de pai, Suzu (Susu Hirose), que elas nunca haviam visto.

No embarque de volta pra casa as irmãs convidam Suzu para ir morar com elas na cidade grande, e a menina aceita prontamente. Já na cidade ela começa a viver sua nova vida, começando a estudar em um colégio novo e mantendo uma rotina diferente de tudo aquilo que estava acostumada. Suas "novas" irmãs a acolhem com muito carinho e lhe dão tudo que ela precisa, e a relação de amor entre elas é o que de fato conquista o espectador.


Apesar da premissa, o filme não foca apenas na adaptação de Suzu na cidade grande, mas aborda também cada uma das irmãs, mostrando seu dia-dia e suas dificuldades em levar a vida. É interessante acompanhar a personalidade de cada uma sendo mostrada pouco a pouco na tela, e fica impossível não se apaixonar por essa pequena família.

Por fim, Nossa Irmã Mais Nova cativa justamente pela simplicidade. É um filme belíssimo, desde sua fotografia até sua trilha sonora. As atuações também são elogiáveis, e é emocionante a química existente entre as atrizes, que realmente parecem irmãs na vida real tamanha veracidade de sentimentos. Vale a pena.

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