Uma série de violentas manifestações de membros da comunidade LGBT teve início após a violenta invasão policial na boate Stonewall Inn, localizada nos subúrbios de Nova York, no ano de 1969. A ação, que ganhou proporções gigantescas, se tonou um marco histórico na disputa dos homossexuais por direitos civis, e é sobre ela que nos conta Stonewall - Onde o Orgulho Começou, novo trabalho do veterano Roland Emmerich.
A trama começa acompanhando Danny (Jeremy Irvine), um jovem universitário que acabou de ser expulso de casa pelo pai após o mesmo descobrir sobre sua verdadeira orientação sexual. Sem ter onde ficar, Danny encontra abrigo na rua Christopher, no subúrbio de Nova York, onde vivem dezenas de homossexuais e onde a cena gay pulsa graças à boate Stonewall.
Após o governo federal definir o homossexualismo como uma doença mental, o bar passa a sofrer inúmeras batidas policiais, e nesse ínterim diversas pessoas acabam presas sem motivo algum, apenas por serem "diferentes" daquilo que a sociedade da época ditava como certo. O clima de guerra e o caos se instauram quando os homossexuais resolvem se rebelar contra isso, também com violência.
O enredo não linear vai e volta no passado, e mescla o dia dia de Danny e sua adaptação na nova cidade com seu passado em Kansas. Apesar da ideia parecer, a princípio, interessante e fácil de abordar, não demora para percebermos que o filme não é tudo o que de início se esperava. E isso se deve muito à própria direção de Emmerich, que se mostra precária e cheia de clichês.
O filme carece de um envolvimento maior com o público, mas acima de tudo, faltou algo que realmente caracterizasse a importância histórica dos fatos descritos. Tudo parece meio raso, sem sentido, sem emoção. Ainda assim, apesar de todos os seus defeitos, não deixa de ser um filme importante, principalmente quando se pensa que até hoje, em pleno ano 2016, o homossexuais ainda precisam enfrentar as barreiras do preconceito da mesma forma como enfrentaram outrora.
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