domingo, 29 de janeiro de 2017

Crítica: La La Land - Cantando Estações (2017)


Mesmo com uma curta carreira, que começou em 2009, o jovem diretor Damien Chazelle já ganhou o respeito e a admiração de uma grande parcela dos críticos especializados e do público em geral, sobretudo depois do sucesso fenomenal de Whiplash - Em Busca da Perfeição, que concorreu em cinco categorias no Óscar de 2015. Em La La Land - Cantando Estações, Chazelle volta a encantar o mundo com o uso da música, que já virou um elemento crucial nas suas histórias.

Saudosista do bom e velho jazz, o diretor utiliza o gênero para embalar grande parte das cenas de um enredo que, em si, é bastante simples, e acompanha a história de amor entre Sebastian (Ryan Gosling) e Mia (Emma Stone). Ele é um exímio pianista que não consegue espaço para mostrar seu talento e se desespera por estar vendo o jazz, sua maior paixão, se deteriorar com o tempo. Ela, por sua vez, tenta a carreira de atriz, mas a vasta concorrência e o desinteresse dos produtores acaba sempre atrapalhando seu sucesso.

De um encontro fortuito entre os dois surge uma grande paixão, que ganha força nos sonhos individuais de cada um, já que ambos possuem talentos de sobra que não são aproveitados como merecem. Apresentado como uma grande homenagem aos clássicos da era de ouro de Hollywood, o filme tem números musicais empolgantes e muito bem feitos. O ponto alto do filme, como já era de se esperar, é a trilha sonora, com canções belíssimas e emocionantes, entre elas City of Stars, grande favorita para o Óscar de canção original, que aparece em uma das cenas mais marcantes do longa.

La La Land é um filme com grande potencial por sua originalidade e beleza, mas infelizmente fica o sentimento no final de que carece um pouco de história e se mostra até mesmo bastante clichê. Isso, de certa forma, acaba sendo compensado pela fotografia encantadora, que ajuda a criar todo o clima do filme. Não poderia deixar ainda de comentar as boas atuações de Gosling e Stone, que formam uma dupla adorável e juntos tem boas chances no Óscar deste ano.

Um comentário:

  1. O trabalho de Damien Chazelle sempre me deixa satisfeita. Tem uma visão muito particular na hora de dirigir seus filmes. É uma história muito bonita, com uma essência romântica. Ryan Gosling foi perfeito para o papel, ele é um ator que as garotas amam por que é lindo, carismático e talentoso. Blade Runner 2049 é um dos seus filmes mais recentes dele, eu gostei muito. Acho que o diretor Denis Villeneuve fez um ótimo trabalho no filme, ele conseguiu fazer uma sequela impecável e manteve a mesma atmosfera. A fotografia impecável. Recomendo muito, grande história! O elenco é incrível.

    ResponderExcluir