quarta-feira, 10 de julho de 2019

Crítica: Rocketman (2019)


Com o sucesso estrondoso de Bohemian Rhapsody, filme que conta a trajetória de Freddie Mercury na banda Queen, abriu-se um novo nicho de mercado na indústria cinematográfica: o das cinebiografias de artistas consagrados do rock, e o nome da vez, que ganha uma homenagem intimista e muito bem montada, é o de Elton John.



Elton John (ou Reginald Dwight antes da fama), é interpretado por Taron Egerton, que incorpora o ícone da música de forma primorosa em uma atuação de gala. O enredo de Rocketman, dirigido por Dexter Fletcher, conta a trajetória do artista britânico desde sua tímida infância, passando pelos altos e baixos da carreira, até chegar ao verdadeiro estrelato.

Desde criança ele já demonstrava uma grande aptidão para a música, principalmente por piano, que sempre foi sua verdadeira paixão. Mesmo sem apoio dos pais, ele seguiu firme no sonho de ter uma carreira musical de sucesso, e não demorou muito para começar a conquistar o seu espaço. Dos bares britânicos para o mundo, a carreira de Elton John explodiu e levou ele a tocar em estádios lotados.



O filme não tem medo de ser um musical clássico, com muitas coreografias e cenas bem animadas, mas também tem espaço para um forte apelo dramático, principalmente na questão das drogas. O filme inclusive começa com John justamente em um centro de reabilitação, e mostra a partir dessa perspectiva a dificuldade que o artista teve para lidar com a fama e o uso abusivo de drogas que o ajudavam a perder a timidez e ser um homem menos solitário.

Uma das partes mais bacanas da trama é acompanhar a parte criativa das músicas, principalmente sua parceria com o letrista e melhor amigo Bernie (Jamie Bell). Há que se elogiar também o figurino, parte essencial na carreira de Elton John e que, aqui, não poderia ficar de fora, bem como toda a ambientação da época.



Por fim, Rocketman é um filme bastante honesto em tudo que propõe. Suas metáforas visuais encantam tanto quem é fã do artista como quem está tendo contato com suas obras pela primeira vez.


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