Finalista na categoria de melhor animação no último Óscar, mas com muito menos destaque que as produções norte-americana do gênero, A Ganha Pão (Breadwinner) se passa no Afeganistão, durante o regime talibã, e mostra sob os olhos de uma criança todos os horrores que esse regime, baseado em ideais religiosos ultrapassados, trouxe aos habitantes, principalmente às mulheres.
Durante o regime não era permitido às mulheres andar na rua sem a companhia do marido ou de um membro masculino da família, correndo o risco de prisão e morte caso fossem pegas fazendo isso. Nem mesmo a garotinha Parvana, de apenas 11 anos, tinha liberdade de poder sair pela rua, seja para brincar ou para ajudar o pai nos negócios da família.
Quando o pai de Parvana é perseguido e preso, a única alternativa da menina para manter os sustentos da modesta casa onde mora com a mãe, a irmã mais velha e um irmão caçula, é cortar o cabelo e ser vestir de menino para vender os produtos da família na feira como seu pai fazia. Se antes Parvana era rechaçada pelos populares, mesmo na companhia do pai, agora recebe convites para entrar e consumir tudo que pode nas lojas. Agora ela também pode exercer sua grande paixão, as letras, ao oferecer os serviços de leitura e escrita para a maioria dos homens analfabetos. E é assim que ela conhece alguém que pode lhe ajudar mais tarde com seus maiores desejos.
Muitos podem dizer se tratar de uma realidade bem distante da nossa, mas será mesmo? Vivemos num dos países com maior taxa de mortalidade feminina, e onde mulheres não podem sair tranquilas na rua sem sofrer com assédios e estupros diariamente. Então, por conta disso, o filme de Nora Twomey chega num momento onde, mais que nunca, é importante discutir os direitos igualitários para todos.
O maior mérito da produção é não ser panfletária, mas totalmente humana. É um tapa na cara de quem acredita que animações não podem recorrer a temas realmente adultos e não tenham condições de discutir temas em voga da sociedade. A Ganha-Pão não é apenas um espetáculo narrativo, mas um espetáculo visual. Uma grande obra que merece ser vista e apreciada por todos.
Quando o pai de Parvana é perseguido e preso, a única alternativa da menina para manter os sustentos da modesta casa onde mora com a mãe, a irmã mais velha e um irmão caçula, é cortar o cabelo e ser vestir de menino para vender os produtos da família na feira como seu pai fazia. Se antes Parvana era rechaçada pelos populares, mesmo na companhia do pai, agora recebe convites para entrar e consumir tudo que pode nas lojas. Agora ela também pode exercer sua grande paixão, as letras, ao oferecer os serviços de leitura e escrita para a maioria dos homens analfabetos. E é assim que ela conhece alguém que pode lhe ajudar mais tarde com seus maiores desejos.
Muitos podem dizer se tratar de uma realidade bem distante da nossa, mas será mesmo? Vivemos num dos países com maior taxa de mortalidade feminina, e onde mulheres não podem sair tranquilas na rua sem sofrer com assédios e estupros diariamente. Então, por conta disso, o filme de Nora Twomey chega num momento onde, mais que nunca, é importante discutir os direitos igualitários para todos.
O maior mérito da produção é não ser panfletária, mas totalmente humana. É um tapa na cara de quem acredita que animações não podem recorrer a temas realmente adultos e não tenham condições de discutir temas em voga da sociedade. A Ganha-Pão não é apenas um espetáculo narrativo, mas um espetáculo visual. Uma grande obra que merece ser vista e apreciada por todos.
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