quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Crítica: Pelos Olhos de Maisie (2012)


É sempre complicado quando uma relação chega ao fim de forma conflituosa, e isso fica ainda mais desgastante quando há uma criança envolvida no meio. Muitos filmes já abordaram o assunto, mas poucos de forma tão simples e sensível como é visto em Pelos Olhos de Maisie (What Maisie Knew), adaptação moderna do romance escrito por Henry James e publicado em 1897.


A trama é sobre uma menina dócil (Onata Aprile) cujos pais estão se divorciando. Porém, diferentemente do é o costume nesse tipo de filme, ele não traz aquela intensa luta judicial pela guarda da criança. A missão é simplesmente mostrar a visão que uma criança possui de toda essa confusão, principalmente quando ela ainda é pequena demais para entender o porque dos pais brigarem tanto e irem morar separados.

Maisie passa a morar primeiramente com a mãe Susanna (Julianne Moore), uma rockstar desligada que não dá a atenção que Maisie merece. Após uma luta judicial, ela vai morar com o pai (Steve Coogan), que é tão irresponsável de afeto quanto sua ex-companheira. Nesse impasse, a menina acaba ficando perdida, indo de um lado para o outro sem um rumo definido, além de ser obrigada a presenciar intensas discussões entre os pais.


O roteiro do filme tinha todo potencial para virar um clichê, mas o diretor conseguiu levar a estória por rumos inesperados. Maisie acaba indo viver com Lincoln (Alexander Skarsgard) e Margo (Joanna Vanderham), curiosamente o ex-namorado da sua mãe e a ex-namorada de seu pai, que se juntam e provam que, acima de tudo, uma família não precisa de laços de sangue para ser unida.

Por fim, Pelos Olhos de Maisie é um filme leve, desses para assistir sem nenhuma pretensão, e que fala de forma emocionante sobre um dos assuntos mais atuais da sociedade. Uma estória que vale a pena, com certeza.



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