segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Crítica: As Sufragistas (2015)


Entre o final do século 19 e o começo do século 20, um clamor era ouvido pelas ruas: o das mulheres, que pediam, entre outros direitos, o de poder escolher seus representantes por meio do voto. Por décadas elas tentaram mudar essa realidade e a batalha muitas vezes parecia perdida. No entanto, elas não desistiram até conseguir.


A trama de As Sufragistas (Suffragette) acompanha a história de Maud (Carey Mulligan), uma mulher batalhadora que trabalha em uma lavanderia e mora com o marido e o filho pequeno. Cansada de ver as injustiças e os assédios cometidos contras mulheres como ela, Maud se aproxima de um grupo que luta nas ruas por direitos. Entre os membros do grupo estão Miss Wither (Amanda Lawrence), Violet (Anne-Marie Duff), e Edith (Helena Bonham Carter), todas sob a "liderança" de Emmeline Pankhurst (Meryl Streep).

O enredo tinha uma história riquíssima nas mãos mas a direção não soube aproveitá-la. Abriu espaço para um sentimentalismo exagerado e deixou algumas coisas importantes de lado. Esperava uma abordagem mais completa das passeatas, mas a diretora preferiu focar mais no drama pessoal de Maud, falando sobre a sua prisão e sobre os problemas com o marido. Sem falar ainda na personagem de Meryl Streep, que merecia mais espaço e foi bem mal aproveitada.



Apesar de alguns equívocos, não dá para dizer que é um filme ruim, pelo contrário. As Sufragistas se torna interessante justamente por causa da história que o envolve, e serve tanto como um registro histórico quanto para abrir os olhos sobre a luta pelos direitos das mulheres, que conquistaram muitas coisas ao longo da história mas ainda tem muito mais o que conquistar.


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