segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Crítica:O Clã (2015)


Baseado em fatos reais, O Clã (El Clan), novo filme do argentino Pablo Trapero (Abutres / Elefante Branco), conta a história de uma gangue que ficou famosa no início dos anos 1980 na Argentina ao sequestrar e matar várias pessoas na região de Buenos Aires. O curioso é que boa parte do grupo era formada por membros de uma mesma família, os Puccio, comandados pelo patriarca Arquímedes (Guillermo Francella).



O ano é 1983 e a Argentina acaba de vir de dois momentos importantes de sua história: o fim da Guerra das Malvinas e o fim da violenta ditadura militar. A situação financeira da família Puccio, assim como a situação política do país, está enfraquecida, e Arquímedes arma um esquema para manter o alto padrão de vida da família: sequestrar filhos de famílias ricas para pedir o resgate. 

Para isso ele contava com a ajuda do filho mais velho, Alejandro (Juan Pedro Lanzani), e de mais dois comparsas. Enquanto faziam seu "trabalho", eles mantinham a aparência de uma família normal, como qualquer outra. As coisas começaram a complicar quando Alejandro se cansou do esquema e decidiu sair fora, deixando seu pai numa situação complicada.



A história é riquíssima mas o roteiro deixou bastante a desejar. Não fica bem claro o que teria motivado Arquímedes a começar os sequestros, muito menos qual é sua verdadeira ocupação. A situação política do país recebe apenas algumas pinceladas, todas sem muita explicação. Alguns personagens também são dispensáveis.

Apesar dos defeitos, O Clã tem sim os seus bons momentos, que conseguem segurar a atenção do espectador até o fim. A  A trilha sonora é marcante, e é para mim o ponto positivo do filme junto com a atuação firme do experiente Francella.

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