domingo, 22 de maio de 2016

Crítica: Para Minha Amada Morta (2016)


Um drama psicológico que prioriza o silêncio e se concentra principalmente nas ações dos personagens principais. É assim Para Minha Amada Morta, primeiro filme solo de Aly Muritiba, um diretor que já era bastante conhecido pelos seus curtas metragens, mas que agora resolveu se arriscar pela primeira vez em algo de longa duração.



A trama gira em torno de Fernando (Fernando Alves Pinto), um fotógrafo que acabou de perder a esposa. Vivendo em luto junto com filho pequeno, Fernando continua guardando e organizando as coisas da esposa todas as noites, como forma de relembrar o grande amor da sua vida.

Um dia, ao remexer em fitas VHS antigas, ele descobre uma traição. Obcecado com o homem que aparece nas gravações, Fernando vai atrás dele e descobre ser Salvador (Lourinelson Vladmir), um homem católico, casado e com duas filhas. Munido de um sentimento de vingança, mas sem saber bem qual atitudes tomar, Fernando decide se aproximar da família de Salvador, tornando parte da rotina deles.



Cada cena do filme transborda tensão, como se a cada minuto algo estivesse prestes a acontecer. Diferente de thrillers do gênero, não vemos aqui nada de ação ou reviravoltas, mas apenas o dia-dia de um homem angustiado que não sabe bem o que quer. O que mais me incomodou no filme todo, porém, é o fato do diretor não se preocupar em explicar alguns atos, que acabam ficando soltos e mal aproveitados. As atuações também são no mínimo estranhas, para não dizer fracas, e os atores em nenhum momento conseguiram me deixar imerso na história, o que fez uma enorme diferença no resultado final.


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