Chegou ao fim neste domingo mais uma edição do charmoso Festival de Cannes, realizado anualmente na França, e o principal premiado foi na verdade uma grata surpresa. Poucos apostavam nele, mas I, Daniel Blake, do veterano Ken Loach, foi o grande vencedor da Palma de Ouro. O filme conta a história de um operário doente que não consegue receber seu seguro-desemprego por causa da burocracia do sistema social do Reino Unido, e no discurso Loach não poupou palavras para criticar o crescimento dos governos de direita pelo mundo. O diretor irlandês se junta a Francis Ford Coppola, Michael Haneke, Emir Kusturica e os irmãos Dardenne como os únicos diretores a ganhar o prêmio duas vezes.
Se poucos esperavam a vitória de Loach na Palma de Ouro, menos ainda esperavam que Juste la Fin du Monde, de Xavier Dolan, ganhasse o Grande Prêmio do Júri. O canadense de 27 anos, que já é presença constante no festival, já havia ganhado o mesmo prêmio em 2014 por Mommy, mas este ano quase ninguém apostava na sua vitória. A comédia alemã Tony Erdman confirmou o status de "queridinha" dos jornalistas e levou para casa o prêmio de melhor filme segundo a Fipresci (Federação Internacional de Críticos de Cinema).
O prêmio mais polêmico da noite foi para Olivier Assayas, como melhor diretor por Personal Shopper. O filme com Kristen Stewart foi bastante vaiado durante sua exibição, e recebeu novas vaias quando o nome de Assayas foi anunciado como vencedor. O prêmio de melhor direção ainda foi dividido com o romeno Cristian Mungiu por Graduation, que no discurso criticou a falta de espaço para o "cinema de autor" no mundo de hoje.
Ken Loach agradecendo após receber sua segunda Palma de Ouro da carreira. |
Se poucos esperavam a vitória de Loach na Palma de Ouro, menos ainda esperavam que Juste la Fin du Monde, de Xavier Dolan, ganhasse o Grande Prêmio do Júri. O canadense de 27 anos, que já é presença constante no festival, já havia ganhado o mesmo prêmio em 2014 por Mommy, mas este ano quase ninguém apostava na sua vitória. A comédia alemã Tony Erdman confirmou o status de "queridinha" dos jornalistas e levou para casa o prêmio de melhor filme segundo a Fipresci (Federação Internacional de Críticos de Cinema).
Xavier Dolan, só 27 anos e mais uma vez premiado em Cannes. |
O prêmio mais polêmico da noite foi para Olivier Assayas, como melhor diretor por Personal Shopper. O filme com Kristen Stewart foi bastante vaiado durante sua exibição, e recebeu novas vaias quando o nome de Assayas foi anunciado como vencedor. O prêmio de melhor direção ainda foi dividido com o romeno Cristian Mungiu por Graduation, que no discurso criticou a falta de espaço para o "cinema de autor" no mundo de hoje.
Na mostra Un Certain Regard, a segunda mais importante do festival, o principal ganhador foi o finlandês Hymyileva Mies, do diretor Juho Kuosmanen, que conta a história real do primeiro finlandês a lutar pelo campeonato mundial de boxe peso pena. Na mesma mostra, o prêmio do júri foi para Fuchi Ni Tatsu, do japonês Koji Fukuda. Já o prêmio da crítica foi para o romeno Dogs, drama pesado sobre um homem que se dá conta de que o avô morto era um criminoso.
Na mostra Olho de Ouro, criada ano passado para premiar os melhores documentários, quem se deu bem foi um brasileiro: Eryk Rocha e seu Cinema Novo, que mostra um pouco mais do movimento cinematográfico que lançou nomes como Glauber Rocha, Nelson Pereira dos Santos, Ruy Guerra, Cacá Diegues e tantos outros para o mundo. Enfim, confira abaixo os principais prêmios do festival.
Palma de Ouro
I, Daniel Blake, de Ken Loach (Reino Unido)
Grande Prêmio do Júri
Juste la Fin du Monde, de Xavier Dolan (Canadá/França)
Melhor Diretor
Olivier Assayas, por Personal Shopper (França) e Cristian Mungiu, por Graduation (Romênia)
Melhor Atriz
Jaclyn Jose, por Ma' Rosa (Filipinas)
Melhor Ator
Shahab Hosseini, por The Salesman (Irã)
Melhor Roteiro
The Salesman, de Ashgar Farhadi (Irã)
Prêmio do Júri
American Honey, de Andrea Arnold (Estados Unidos)
Prêmio Caméra d'Or (para diretores estreantes)
Divines, de Houda Benyamina (Afeganistão)
Melhor Filme na Mostra Un Certain Regard
Hymyileva Mies, de Juho Kuosmane (Finlândia)
Prêmio do Júri na Mostra Un Certain Regard
Fuchi Ni Tatsu, de Koji Fukeda (Japão)
Prêmio Olho de Ouro
Cinema Novo, de Eryk Rocha (Brasil)
Palma de Ouro
I, Daniel Blake, de Ken Loach (Reino Unido)
Grande Prêmio do Júri
Juste la Fin du Monde, de Xavier Dolan (Canadá/França)
Melhor Diretor
Olivier Assayas, por Personal Shopper (França) e Cristian Mungiu, por Graduation (Romênia)
Melhor Atriz
Jaclyn Jose, por Ma' Rosa (Filipinas)
Melhor Ator
Shahab Hosseini, por The Salesman (Irã)
Melhor Roteiro
The Salesman, de Ashgar Farhadi (Irã)
Prêmio do Júri
American Honey, de Andrea Arnold (Estados Unidos)
Prêmio Caméra d'Or (para diretores estreantes)
Divines, de Houda Benyamina (Afeganistão)
Melhor Filme na Mostra Un Certain Regard
Hymyileva Mies, de Juho Kuosmane (Finlândia)
Prêmio do Júri na Mostra Un Certain Regard
Fuchi Ni Tatsu, de Koji Fukeda (Japão)
Prêmio Olho de Ouro
Cinema Novo, de Eryk Rocha (Brasil)
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