sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Crítica: Bohemian Rhapsody (2018)


Desde de que saiu o anúncio de que seria filmada uma cinebiografia de Freddie Mercury, um dos maiores - se não o maior - cantor de rock n' roll da história, a expectativa dos fãs (e nesse grupo eu me incluo) foi lá no alto. Escrito por Anthony McCarten (de A Teoria de Tudo) e dirigido por Bryan Singer (da saga X-Men), Bohemian Rhapsody finalmente estreou nos cinemas do mundo todo após uma conturbada pré-produção, mas a demora valeu a pena. O filme cumpriu bem seu papel de emocionar os fãs e contar a história de uma das figuras mais icônicas que já viveu na terra.


O roteiro de Bohemian Rhapsody compreende o período desde o momento em que Mercury entra na banda até o histórico show no festival Live Aid, em 1985, passando pelos momentos cruciais do grupo ao longo de toda sua trajetória. Singer optou aqui por não seguir uma ordem cronológica correta, o que de certa forma não atrapalha o resultado final mas deixa quem é fã um pouco incomodado em certos momentos.

Ao longo do filme podemos acompanhar também a criação de alguns dos maiores hinos da banda, como We Will Rock You, Another One Bits the Dust, I Want to Break Free e, claro, a música que dá nome ao filme. Senti falta de ver algumas outras clássicas da banda, que ficaram de fora, mas entendo que, mesmo num filme de 2h15m, não seria fácil encaixar todas.


É interessante a maneira que é mostrada a sexualidade de Mercury. Muitos temiam que a bissexualidade do cantor fosse suprimida para agradar um público maior, mas isso ficou apenas em boatos. Há espaço tanto para a bonita relação que Freddie teve com Mary Austin (Lucy Boynton), que o fez criar a linda Love of My Live, como a relação com Jim Hutton (Aaron McCusker) com quem ficou até os últimos dias de vida.

Bom, e o que dizer de Rami Malek? Perfeito em sua personificação, o ator, que já havia conquistado o mundo na série Mr. Robot, mostra todo seu talento numa das atuações mais impressionantes do ano. Uma aula de estudo do personagem e seus trejeitos. Outro ator que se destaca pela semelhança é Gwilym Lee, que interpreta o guitarrista Brian May.


Como um bom fã de Queen, digo que a sensação de ver este filme numa tela grande de cinema foi única. Impossível não sentir vontade de chorar nas cenas finais, com a recriação perfeita do show do Live Aid, que praticamente te coloca dentro do estádio de Wembley numa experiência sensorial impressionante.


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