quinta-feira, 11 de julho de 2013

Crítica: O Lugar Onde Tudo Termina (2013)



Novo trabalho do diretor Derek Cianfrance, O Lugar Onde Tudo Termina (Place Beyond The Pines) é um verdadeiro retrato do quanto uma decisão tomada por alguém pode afetar os mais próximos, mesmo que seja depois de décadas. Antes de mais nada, recomendo a quem ainda não viu, que não leia o resto da crítica, já que de fato é um filme que melhora 100% se você assistir seco, sem nenhuma informação.



O filme pode ser dividido em duas grandes partes. A primeira é centralizada em Luke (Ryan Gosling), um motociclista exemplar que trabalha em um parque de diversões fazendo performances num globo da morte com mais dois companheiros. Quando o parque passa pela cidade onde Luke vivia, ele reencontra a ex-namorada Romina(Eva Mendes), e descobre que tem um filho que não sabia da existência, com quase um ano de idade.

Decidido a morar perto do filho recém descoberto, Luke se demite do emprego etinerante e logo consegue outro, numa mecânica da cidade. O dono da mecânica, porém, é um antigo assaltante de banco, e logo, os dois decidem unir suas qualidades em uma série de assaltos. Isso até que um desses assaltos acaba dando errado e Luke acaba sendo morto numa perseguição com a polícia.



O policial que dispara a arma é Avery (Bradley Cooper), e a segunda parte do filme foca no que acontece com sua vida após o tiroteio. Avery é homenageado e tratado como herói pelos colegas da guarnição, mas não consegue esquecer do ocorrido, ainda mais quando descobre que o "bandido" que ele matou possuía um filho pequeno, assim como ele.

É impressionante a forma como o diretor usa para passar de uma história a outra, e o quanto as histórias acabam se ligando com o tempo, em uma série de coincidências fantásticas. Há ainda, um terceiro ato no roteiro, onde passados 15 anos, os filhos dos dois (de Luke e de Avery) travam amizade e acabam tomando rumos trágicos por conta disso.



As atuações são realmente impressionantes, inclusive de Ryan Gosling, que não me agrada nem um pouco, mas que dessa vez merece meus elogios. Outro ponto a destacar é a fotografia sombreada, que também não faz meu gosto, mas coube certo no clima do filme e por isso é louvável sua utilização.

Por fim, é muito gratificante perceber que ainda é possível ver filmes de qualidade no cinema atual, com roteiro original e ótimas atuações. O Lugar onde Tudo Termina junta todos esses elementos, e é uma das grandes surpresas do ano.




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