domingo, 27 de outubro de 2013

Crítica: Daglicht (2013)


Pouco se conhece e se houve falar do cinema holandês. Desde Caráter (Karakter), que venceu o Óscar de melhor filme estrangeiro em 1997, nenhum outro filme do país chamou atenção da crítica exterior. Bom, talvez o momento seja esse.


Em Daglicht, o diretor Diederik Van Rooijen nos traz a história de Iris Boelens (Angela Schifj), uma jovem advogada e mãe solteira que mora junto com a mãe (Monique Van de Ven) e o filho autista. Depois de ouvir um boato de que teria um irmão que até então não sabia da existência, ela parte em busca de descobrir a veracidade do fato.

Iris acaba chegando em Ray Boelens (Derek de Lint), um homem que está preso, acusado de um duplo assassinato contra uma mãe e sua filha. Intrigada, ela passa a revirar documentos e testemunhas para tentar descobrir o que de fato aconteceu com Ryan, descobrindo aos poucos coisas sobre seu próprio passado junto com o dele.




Trata-se de um excelente thriller de suspense, mas não dá para negar que, aos olhos mais atentos, o desfecho se torna bastante previsível. Não que isso estrague o filme em si, já que as ótimas atuações e a mãe firme do diretor na narração dos fatos faz com que o clima de tensão prevaleça do início ao fim. Além disso, algumas cenas são bastante impactantes, deixando um nó na garganta enquanto transcorrem.

É sempre bom ver que ainda existem filmes com cara de filmes feitos ao redor do mundo, mesmo que sejam difíceis de encontrá-los por conta da pouca distribuição (no Brasil, o filme sequer tem previsão de lançamento). Porém, vale a pena procurar.

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