Lua de Papel (Peter Bogdanovich) - 1973
Junto com Robert Altman, Sam Peckinpah, Dennis Hooper, Arthur Penn, entre outros, Peter Bogdanovich é um dos grandes nomes da chamada "Nova Hollywood", movimento cinematográfico que surgiu no final da década de 60 no oeste dos Estados Unidos e que influenciou praticamente todas as gerações seguintes de cineastas famosos. Lua de Papel (Paper Moon) pode até não ser seu filme de maior destaque, mas com certeza é o mais tocante. O enredo se passa em 1936, e gira em torno da relação paternal que surge entre Addie Loggins (Tatum O'Neal) e Moses Pray (Ryan O'Neal).
Após a morte da sua mãe, a menina de nove anos fica sob os cuidados do vendedor de bíblias Moses, que na verdade não passa de um exímio vigarista. Isso até ele conseguir entregá-la a uma tia que mora no interior. No entanto, existe a suspeita de que Moses seja o pai biológico da garota, o que não é confirmado até o final da estória mesmo com ele negando veemente.
Os dois partem juntos de carro em direção à casa da família da menina, e durante o trajeto, ela começa a mostrar uma desenvoltura sem igual para ajudá-lo nas suas trapaças, que consiste em enganar senhoras viúvas para lhes vender bíblias. A garota Addie é precoce até demais, e em algumas cenas chega inclusive a aparecer fumando (o que de fato deve ter feito um barulho enorme por parte dos conservadores naquela época). Nesse ínterim, a relação do homem com a menina vai ficando cada vez mais próxima.
Mais do que uma comédia super agradável de assistir, o filme tem todas as características de um road-movie, e é a estrada que vai nos conduzindo profundamente no crescimento desse sentimento de pai e filha que á entre os personagens. Os dois vivem discutindo, seja por conta de dinheiro, seja pelo modo de se vestir da menina (que lembra a de um menino). Ou simplesmente pelas personalidades fortes de ambos.
Por fim, chama a atenção que mesmo nos anos 70, onde o cinema colorido já era uma maioria absoluta, o filme foi filmado inteiramente em preto-e-branco. As atuações são espetaculares, e a jovem Tatum O'Neal se consagrou como a atriz mais nova a levar o Óscar para casa.
Por fim, chama a atenção que mesmo nos anos 70, onde o cinema colorido já era uma maioria absoluta, o filme foi filmado inteiramente em preto-e-branco. As atuações são espetaculares, e a jovem Tatum O'Neal se consagrou como a atriz mais nova a levar o Óscar para casa.
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