quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Crítica: A Esposa (2018)


O quanto você seria capaz de abrir mão de um sonho para se sacrificar e ajudar alguém que você ama? Dentre outras questões, essa é uma das abordadas em A Esposa, filme de Bjorn Runge, que estreou no Brasil em dezembro do ano passado.


Joseph (Jonathan Pryce), um escritor de sucesso mundial, acaba de receber uma ligação anunciando que será premiado com o Nobel de Literatura. Ao seu lado está sua fiel e eterna companheira, Joan (Glenn Close), com quem ele comemora muito sua premiação. Ela, no entanto, não parece estar no mesmo clima de felicidade, mas o apoia, como fez em toda sua vida.

Os dois partem então rumo a Estocolmo, na Suécia, onde ele irá receber seu prêmio. Na viagem vão juntos o filho do casal, David (Max Irons), e o escritor Nathaniel (Christian Slater), que está querendo escrever uma biografia de Joseph. Desde a chegada, Joan e Joseph são tratados como celebridades, com direito a quarto de hotel luxuoso, passeios de compras, e jantares com tudo que se tem direito. É notório, porém, que Joan segue um pouco incomodada com a situação, e é quando o filme retorna ao passado para tentar explicar o porque.


O enredo volta mais de três décadas e começa mostrando quando Joseph era professor de Joan, uma jovem aspirante a escritora. Ele a ajuda nos esboços de sua primeira estória, e não demora para que os dois iniciem o romance que duraria o resto de suas vidas. Pouco a pouco a trama vai mostrando o desenrolar desse casal, e revelando um segredo que, de fato, já era um pouco óbvio desde o início.

Sem dúvidas, o grande ponto positivo são as atuações de Glenn Close (mais uma indicação ao Óscar não será surpresa alguma) e de Jonathan Pryce. No entanto, o filme peca em alguns outros aspectos, como nos próprios personagens secundários, muito pouco aproveitados e alguns extremamente desnecessários, como o filho do casal. O flerte de Joseph com a fotógrafa da viagem é apenas a cereja no bolo das situações que não agregaram nada ao enredo.


Por fim, apesar dos seus defeitos, A Esposa é um bom filme, principalmente quando discorre sobre a questão do lugar da mulher na sociedade, tanto nos anos 1960 como nos tempos atuais. 

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