Dos anos 90 para cá, o cineasta Quentin Tarantino talvez seja o mais expressivo no que se refere a sucesso de crítica e publico. Em um pouco mais de duas décadas de carreira, Tarantino já conquistou seu espaço entre os principais diretores da história, além de levar para casa diversas premiações mundo afora.
O cineasta, que tem descendência Italiana e nasceu no estado do Tennessee, descobriu logo jovem que queria ser diretor de cinema, quando trabalhava numa locadora de filmes. Reza a lenda de que ele teria visto todos os filmes que haviam disponíveis nas prateleiras, fato que deu a ele uma bagagem cultural imensa sobre o assunto.
Tarantino ganhou fama entre o público com seus filmes intensos e violentos, com personagens de índole duvidosa e diálogos ácidos e inteligentes, e seus filmes são cultuados por pessoas de todas as idades. Além da carreira de diretor, Tarantino ainda é conhecido por produzir e roteirizar filmes de outros diretores, principalmente com seu parceiro de longa data, o americano Robert Rodríguez (Sem in City, Um Drink No Inferno, Planeta Terror).
Abaixo, em sua homenagem, fiz uma lista com os 5 melhores filmes do diretor, na humilde opinião desse que vos escreve. Foi difícil deixar alguns de fora, mas aí está:
1. Pulp Fiction - Tempo de Violência (1994)
Sendo o filme do diretor que mais arrecadou prêmios e fãs ao longo dos anos, Pulp Fiction é talvez sua obra mais importante até então. Apesar de ter sido rodado de forma independente, isso não o impediu de ter virado, mesmo que seja relativamente recente, um dos grandes clássicos do cinema mundial. Grandioso, com um bom elenco e um enredo fantástico, Tarantino mostrou nesse seu segundo longa da carreira que surgiu de fato para revolucionar a cena independente do cinema.
2. Kill Bill - volumes 1 e 2 (2003 e 2004)
Histórias de vingança existem aos montes no cinema, mas poucas foram tão bem escritas e dirigidas quanto a duologia Kill Bill. O diretor havia escrito em apenas uma noite o roteiro do primeiro filme, que ficou jogado anos e anos no fundo de uma gaveta. Um dia ele reencontrou esse roteiro e resolveu transformar em filme, e foi assim que surgiu essa grande experiência cinematográfica.
No filme, Tarantino cria um mundo novo, à sua maneira, e aos seus modos (com muita violência, é claro), ao contar a história de uma noiva que sobrevive depois de uma chacina no seu casamento e resolve se vingar do autor. Assim como grande parte dos seus filmes, a narrativa não é contada linearmente, e o filme é cheio de reviravoltas e cenas inesquecíveis. Uma verdadeira obra-prima recheada de humor-negro.
3. Bastardos Inglórios (2009)
Talvez o melhor filme dessa fase mais "madura" do diretor, Bastardos Inglórios mostra de vez que Tarantino é mestre no que faz. E mais uma vez, o mote principal da trama é o sentimento de vingança.
Primeiramente somos apresentados a Shoshanna, uma camponesa que sobrevive após um massacre da sua família, e se estabelece como dona de um cinema usando uma identidade falsa. Logo após, conhecemos o tenente Aldo Raine, que comanda um grupo de judeus que lutam contra os nazistas. Em um determinado momento do filme, essas duas histórias paralelas acabam se cruzando, da maneira mais surpreendente que se possa imaginar. Um filme que mostra sua genialidade nos detalhes, nos diálogos, e nas fortes atuações.
4. Cães de Aluguel (1992)
Um grupo de criminosos é apenas um grupo de criminosos, mas na mão de Quentin Tarantino, as coisas não sao tão simples quanto parecem ser. Cães de Aluguel é o tipo de filme que te faz sentir valer a pena estar vivo, só para ter a oportunidade de assisti-lo. Trata-se do primeiro longa-metragem da carreira do diretor, onde já detectamos as principais características das suas obras posteriores: violência, diálogos longos e mordazes, e roteiro inteligente.
Filme mais recente do diretor, Django Livre é uma homenagem dele ao gênero Faroeste, que ele cresceu assistindo, e que estava no abstratismo ultimamente. Sem perder o estilo sanguinário e violento, esse talvez seja o filme mais "simples" e engraçado do cineasta. No cinema, a experiência foi única.
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