terça-feira, 16 de novembro de 2021

Crítica: Os Muitos Santos de Newark (2021)


The Sopranos, exibida na HBO entre 1999 e 2007, é para muitos a melhor série já feita para a televisão. Se é ou não é a melhor, isso é subjetivo e vai do gosto de cada um, mas o que não dá para negar é que é uma série que fez história e que moldou o jeito que conhecemos hoje de se fazer seriados.


Dirigido por Alan Taylor, que também dirigiu vários episódios da série, Os Muitos Santos de Newark (The Many Saints of Newark) é um prequel dos acontecimentos narrados em The Sopranos, e foca principalmente na infância e adolescência de Tony Soprano, que aqui é vivido por Michael Gandolfini, filho de James Gandolfini (que fez o Tony adulto na série). Apesar desse foco no Tony novo, eu enxergo seu tio, Dickie Montisanti (Alessandro Nivola), como o verdadeiro protagonista da trama. Ele chefia a máfia local com seus esquemas de apostas e contrabandos, e é quem ensina as maiores lições dos "negócios" para Tony.


É, de fato, um filme que exala nostalgia, e é emocionante ver alguns personagens da série mais novos. Para alguns não é necessário nem citar o nome, pois já conseguimos reconhece-los apenas pelos seus trejeitos e modos de falar, e isso se deve às boas atuações do elenco. Importante salientar que sem o conhecimento prévio da história o filme talvez não funcione, já que muitas piadas e diálogos remetem ao seriado, e acredito que o filme acaba ficando restrito especificamente para quem é fã (ou pelo menos já a viu). Isso o torna um filme ruim? Creio que não, mas com certeza falta muita coisa para ser completo por si só e agradar o público geral.

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