quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Crítica: Papillon (2018)


Eu sempre fico com o pé atrás quando anunciam a refilmagem de algum clássico do cinema, e com Papillon não poderia ser diferente. Apesar da desconfiança eu fui com a mente aberta assisti-lo, principalmente por causa dos nomes envolvidos: Charlie Hunnam e Rami Malek, dois atores que admiro muito, e posso dizer que saí feliz com o resultado final.


A trama se passa nos anos 1930 e narra a história real de Henri Carrière, apelidado de Papillon, que foi preso na França acusado de assassinato. Junto com outros milhares de prisioneiros, Papillon (Charlie Hunnam) foi levado à colônia prisional Devil's Island, na Guiana Francesa, uma das prisões mais isoladas do mundo justamente por ficar em uma ilha. Logo de cara ele conhece o falsário Louis Dega (Rami Malek), que tem dinheiro guardado e promete ajudá-lo a fugir, desde que em troca ele o proteja e o ajude a se manter vivo, e com isso os dois se tornam inseparáveis.

Como era de se esperar, é impossível não comparar o filme de 2018 com o de 1973, e a primeira comparação que trago aqui é em relação a Papillon e Dega. Apesar de estarem muito bem em seus papéis, Hunnam e Malek não conseguem mostrar o mesmo carisma que havia entre Dustin Hoffman e Steve McQueen. A segunda comparação é quanto à violência do filme, que na versão atual ficou muito mais realista e visceral, um ponto positivo ao meu ver.


Com uma borboleta tatuada no peito, Papillon simboliza o desejo de liberdade, de alguém que não pode viver enclausurado. Perseverança e amor à vida, mesmo diante de um cenário bárbaro, é o mote central dessa história tão bonita, que ganha ainda mais força com a mensagem que traz sobre amizade e afeto.

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