terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Crítica: A Vida em Si (2018)


Criador da série de televisão "This is Us", que aborda as relações humanas com muita sensibilidade e é, por sinal, um dos melhores seriados da atualidade, Dan Fogelman se aventura no cinema pela segunda vez na carreira e nos traz um filme cheio de lições, com uma bela mensagem de resiliência e amor à vida.



O longa tinha tudo para ser mais um clichê do esgotado cinema norte-americano, mas logo na primeira cena já dá para perceber que ele tem sua originalidade, com a aparição perspicaz e engraçadíssima de Samuel L. Jackson. É ele que dá início a primeira estória, de Mary (Olivia Wilde) e Will (Oscar Isaac), um casal apaixonado que está esperando um bebê. Porém, começa mostrando Will numa terapeuta tentando lidar com algum trauma envolvendo o casal, o que nos faz questionar o que teria acontecido entre eles, que vai sendo mostrado gradativamente.

O segundo capítulo conta a vida de Dylan (Olivia Cooke), uma jovem rebelde que vive com o avô e canta numa banda de rock agressiva. Sem muita perspectiva de futuro, Dylan também vive de um trauma, de algo que aconteceu na sua infância, e todo dia precisa aprender a lidar com isso. O terceiro capítulo, por sua vez, acompanha uma família na Espanha, chefiada por Javier González (Sergio Peris-Mencheta), que trabalha na fazenda de Vincent (Antonio Banderas). De alguma forma, essa família, do outro lado do mundo, acaba interligando com a estória dos primeiros capítulos.



A complexidade do roteiro é o que mais chama atenção, que ganha ainda mais força graças as boas atuações do elenco. Nomes como Antonio Banderas, Olivia Wilde e Oscar Isaac só abrilhantam ainda mais a trama. É um filme sensível em sua essência, recheado de cenas impactantes e muitas lições. Sem contar, é claro, a ótima trilha sonora regada a Bob Dylan. Com certeza um dos grandes achados desse final de ano.

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