quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Crítica: Looper - Assassinos do Futuro (2012)



Um dos grandes sonhos do ser-humano é poder viajar no tempo, e essa obsessão insólita já nos foi mostrada em diversos filmes ao longo dos anos. No entanto, poucas vezes com uma ideia tão original como a que Rian Johnson nos traz em Looper - Assassinos do Futuro (Looper).


Em um mundo futurista onde viajar no tempo é possível (mesmo que ilegalmente), criminosos enviam suas vítimas para serem eliminadas no passado, onde seus corpos não poderão ser encontrados. A premissa é boa, e passa a virar um drama quando um dos assassinos do passado, denominados Loopers, têm de matar a si próprio 30 anos mais velho.



A trama se concentra em Joe (Joseph Gordon-Levitt), que tem de matar sua versão mais velha (vivido por Bruce Willis), fechando assim seu loop, ou ciclo de vida. E é então que tem início uma perseguição no mínimo curiosa, onde o Joe do passado deseja matar o Joe do futuro para poder garantir sua vida, enquanto que o Joe do futuro não pode eliminar o do presente porque senão estaria eliminando a si mesmo, mas precisa agir para evitar que, no futuro, seja capturado e enviado ao passado. 



Sim, o enredo é confuso assim mesmo, e por isso Rian Johnson merece uma salva de palmas por fazer com que a trama não nos pareça assim tão confusa enquanto assistimos. O fato de ser explicado logo no começo a história das viagens no tempo e dos Loopers, faz com que nos familiarizemos rápido com a trama sem perder o fio da meada.




O diretor nos mostra um cenário futurista diferente daquilo que costuma ser mostrado nos filmes do gênero. Ao invés de carros voadores e inteligência artificial, o cenário é de uma cidade dominada pela miséria e pela falta de leis. Uma visão bem pessimista a respeito do que o mundo vai se tornar.

Sobre as atuações, Joseph Gordon-Levitt e Bruce Willis estão perfeitos nos papeis dos dois personagens que na verdade são os mesmos, só que em épocas diferentes. Levitt até teve de usar uma lente de contato clara e maquiagem para ficar mais parecido com Willis, e o efeito ficou impecável. Outro destaque é o menininho Pierce Gagnam, que além de uma graça, se mostrou um ótimo e promissor ator.





O filme não é perfeito, tem suas falhas no roteiro, mas nada que comprometa o resultado final. Sem dúvida alguma, me atrevo a dizer que se trata de um dos filmes mais originais dos últimos anos, mostrando que é possível, sim, fazer filmes de ação com qualidade e sem abusar dos efeitos visuais.


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