quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

As 10 maiores decepções de 2019

Nessa semana eu lancei aqui no blog a lista com os melhores filmes do ano, e assim como foi um ano de grandes obras também foi um ano de grandes decepções. Resolvi elencar dez delas, lembrando sempre que trata-se de uma lista pessoal e que eu não estou citando aqueles que para mim foram os piores do ano (se fosse assim, a lista seria um pouco diferente e bem maior), mas sim, aqueles dos quais eu estava esperando algo (seja pelo diretor, seja pelo elenco ou pela estoria em si) e foi muito abaixo das minhas expectativas. Vamos lá.

10º Divino Amor, de Gabriel Mascaro

O trailer de Divino Amor dava a ideia de que seria um filme crítico contra o fanatismo religioso, e no fundo realmente não deixa de ser, mas a péssima edição, as falhas grotescas de direção, as cenas extremamente desnecessárias e longas de sexo explícito e as atuações risíveis transformaram o novo filme de Gabriel Mascaro numa verdadeira bomba.

9º Tolkien, de Dome Karukoski

Como grande fã da literatura de J. R. R. Tolkien, eu esperava ansioso para ver sua história ser contada nas telas, e foi uma decepção e tanto. O filme é muito corrido, tem atuações fracas, e quando parece que finalmente vai engrenar, acaba. Quando se faz uma biografia de um músico, por exemplo, obviamente se mostra como foi o processo de criação das canções, e eu esperava que seria da mesma forma com a vida de Tolkien, mas o filme se preocupa em focar mais na sua vida antes de se tornar escritor do que na criação dos seus livros clássicos. Nem sua relação bonita com os filhos é mostrada na tela, pois o filme termina antes disso acontecer. Decepcionante.

8º Cadê Você, Bernadette?, de Richard Linklater

Richard Linklater, da trilogia de Antes do Amanhecer e de Boyhood, tinha sob sua câmera nada mais nada menos do que a atriz Cate Blanchet, e desperdiçoou a chance de fazer mais um grande filme na sua carreira. Cadê Você, Bernadette? até começa bem, mas não demora muito para cansar e se tornar extremamente entediante. É tudo muito simplório, e até mesmo a abordagem da depressão, que foi o que me chamou a atenção para ver o filme, foi feita de forma superficial.

7º Peterloo, de Mike Leigh

O massacre de Manchester, como ficou conhecido, em que forças britânicas mataram 15 pessoas e feriram mais de 700 em retaliação a um ato pacífico que pedia pelo direito a votos, nunca tinha ganhado uma adaptação para as telas apesar de ser um acontecimento bastante lembrado na Inglaterra. Coube a Mike Leigh, de Segredos e Mentiras, trazer essa estória para as telas, mas ficou muito abaixo do esperado, com um ritmo lento, muita verborragia e pouca emoção.

6º Yesterday, de Danny Boyle

Não dá para dizer que Yesterday é um filme todo ruim, mas ficou muito abaixo do que eu esperava, ainda mais por se tratar de um diretor veterano como Danny Boyle. Ao tentar nos mostrar como seria um mundo sem os Beatles, o filme teus seus bons momentos sim, principalmente os números musicais, mas peca pelos furos no roteiro, por suas atuações fracas e principalmente por focar mais em ser uma comédia romântica do que qualquer outra coisa.

5º Um dia de Chuva em Nova York, de Woody Allen

Depois de todos os problemas que teve para ser lançado, o novo filme de Woody Allen finalmente chegou aos cinemas com bastante atraso nesse mês de dezembro, mas a verdade é que poderia nem ter saído. Com um ritmo extremamente corrido (até mesmo para um filme de curta duração), personagens muito mal trabalhados, e um casal de protagonistas totalmente sem química, Um dia de Chuva em Nova York é um dos filmes mais dispensáveis da carreira do diretor.

4º A Morte e Vida de John F. Donovan, de Xavier Dolan

Xavier Dolan é um dos meus diretores preferidos na atualidade, e isso só serviu para aumentar ainda mais a decepção com esse seu novo trabalho. O roteiro é extremamente superficial, sem aprofundamentos, sem uma verdadeira estória pra contar, e o Kit Harington parecia mais perdido do que no episódio final de Game of Thrones.

3º IT: Capítulo 2, de Andy Musquietti

Após uma boa primeira sequência, era esperado um desfecho a altura para a estória baseada no livro de Stephen King, mas foi tudo ruim demais. O bom elenco até que tentou, mas o resultado final foi uma série de erros, desde inconsistências no roteiro até elementos visuais desnecessários.

2º Clímax, de Gaspar Noé

Sou muito fã de Gaspar Noé e do seu cinema incômodo, que não tem medo de ousar e muitas vezes causa desconforto no público, mas dessa vez eu fiquei desconfortável de uma maneira diferente da que eu esperava. Desconfortável no sentido ruim da palavra, com a péssima qualidade do longa, desde suas atuações até seu desfecho. Poucas vezes torci pra um filme terminar como torci para esse, e quero distância pro resto da minha vida.

1º A Lavanderia, de Steven Soderbergh

O elenco tinha Meryl Streep, Antonio Banderas, Gary Oldman, e a direção do veterano Steven Soderbergh, mas mesmo assim conseguiu ser o pior filme que vi no ano. É triste ver um elenco como esse ser desperdiçado em uma estória tão fraca, com uma edição tão mal feita, e por isso é para mim a grande decepção desse 2019.

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