sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Crítica: Entre Facas e Segredos (2019)


O diretor Rian Johnson, que dividiu opiniões com Star Wars: O Último Jedi, voltou ao cinema tentando agradar um outro tipo de público, o ávido por suspense, de preferência naquele velho estilo dos livros da escritora Agatha Christie. Prometendo um jogo de adivinhações no melhor estilo "jogo de detetive", Entre Facas e Segredos (Knives Out) até prende o espectador, mas deixa um pouco a desejar na sua falta de ousadia.


A promessa do "jogo de adivinhações" pode até funcionar nos primeiros minutos da trama, mas se torna desinteressante muito rapidamente quando o diretor opta por trazer uma abordagem fora do convencional. Resumidamente, a história de baseia na investigação da morte de um milionário, no dia do seu aniversário de 85 anos. A família toda estava reunida, seus filhos, seus netos, e até mesmo sua mãe, de idade desconhecida, e logo, todos se tornam suspeitos. A polícia, no entanto, trata o caso primeiramente como suicídio.

Contando com a ajuda do detetive Benoit Blanc (Daniel Craig), no melhor estilo Hercule Poirot, a investigação vai seguindo pistas para encontrar a verdade por trás do acontecimento trágico. A previsibilidade do desfecho de filmes filmes de suspense é algo sempre subjetivo, eu mesmo confesso que muitos filmes que o pessoal falava ser previsível eu demorei para pescar o final, mas dessa vez estava fácil demais, óbvio demais, e isso me incomodou bastante.


O elenco cumpre bem com seu papel, com exceção de Daniel Craig, que segue não me convencendo como ator e entrega uma atuação no seu nível, sem nenhum carisma. Apesar dos bons atores envolvidos, achei que poucos personagens ganharam o espaço que mereciam, sendo a maioria deles pouco aproveitados e tornando-os até mesmo descartáveis no rumo da estória. Entre Facas e Segredos não chega a ser um filme todo ruim, já que possui seus bons momentos, mas falhou como o grande suspense que prometia ser.

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