Lançado no Brasil
diretamente na Star+, Fresh mistura três elementos totalmente
inesperados em um mesmo filme: suspense, canibalismo e… comédia
romântica. Sim, é isso mesmo que você leu. A trama, dirigida pela
estreante em longa-metragens Mimi Cave, acompanha Noa (Daisy
Edgar-Jones), uma mulher jovem e bonita que está cansada de conhecer
homens por meio de aplicativos de paquera e nunca engatar de fato um
relacionamento sério. Certo dia, por acaso, Noa cruza no corredor de um
supermercado com um homem chamado Steve (Sebastian Stan), que se mostra
simpático e atencioso, e eles logo marcam um jantar para se conhecerem
melhor.
Steve aparenta ser um homem praticamente perfeito, e não é
de surpreender que Noa acabe se apaixonando por ele e aceitando viajar
na sua companhia para um final de semana "dos sonhos", mesmo sem
conhecê-lo direito. Até então, o roteiro parece um verdadeiro romance, e
tudo estava indo bem até que os dois chegam na mansão isolada de Steve,
onde finalmente aparecem os créditos iniciais do filme (depois de 30
minutos) e descobrimos as verdadeiras intenções do rapaz.
Não
vou entrar em detalhes além do que já é descrito na sinopse e na
promoção do filme, ou seja, que se trata de um filme sobre canibalismo, e
neste caso, sobre um grupo que tem toda uma logística para possibilitar
o consumo de carne humana. E depois da virada de chave no roteiro, o
filme não tem muito o que mostrar além da rotina de Steve nesse
"negócio" e das tentativas frustradas de Noa de escapar do cativeiro
montado por ele.
O roteiro escrito por Lauryn Khan tem cenas bem inusitadas de humor, e apesar do tema ser consumo de carne humana, não vemos nenhuma cena de amputação grotesca ou tortura feita com as vítimas, deixando o terror mais pro lado psicológico e imaginativo do espectador. No final, Mimi Cave acaba deixando de lado toda a calmaria do filme para um final frenético e acelerado, mas ainda assim satisfatório (mesmo que entregue a clichês).
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