Como o próprio título já adianta, este lista contém aqueles filmes lançados no Brasil em 2025 ao qual eu esperava alguma coisa, seja pelos burburinhos no lançamento, seja pelos nomes envolvidos na produção, e que no final me deixaram bastante decepcionado. Segue ela:
10º Morra, Amor, de Lynne Ramsay
Muita expectativa se criou em torno deste filme, principalmente depois de Jennifer Lawrence ter tido sua atuação bastante elogiada no último Festival de Cannes. De fato, a atriz está muito bem no papel de uma mulher desequilibrada e paranoica (parece que ela nasceu pra fazer personagens assim). Porém, todo o resto é uma desordem completa, começando pelo roteiro, que não deixa claro suas intenções. Descartável, e facilmente esquecível.
9º O Macaco, de Oz Perkins
Oz Perkins chamou a atenção de todos no ano passado com o excêntrico Longlegs, e a expectativa para O Macaco acabou sendo grande, sobretudo por se tratar da adaptação de um conto de Stephen King. Infelizmente, o resultado na tela foi um fracasso. Um filme que não sabe se quer ser terror ou comédia, e mistura os dois gêneros de forma bagunçada.
8º Mickey 17, de Bong Joon-ho
É realmente uma pena ter o nome de Bong Joon-ho nesta lista, mas o fato é que desta vez o cineasta sul-coreano errou, e errou feio. Depois de vários adiamentos, finamente saiu do papel Mickey 17, que prometia ser a volta triunfante do diretor de Parasita para as telas. Mas o que se viu foi uma ficção científica recheada de situações caricatas, e que no fim de tudo deixa um enorme sentimento de frustração.
7º Código Preto, de Steven Soderbergh
O prêmio de suspense completamente descartável do ano vai para Código Preto, do veterano Steven Soderbergh. A trama de espionagem, no papel, parece ser extremamente intrigante, mas na prática, não funciona em momento algum, nem mesmo com um elenco de peso envolvido, com nomes como Cate Blanchet e Michael Fassbender.
6º Maria Callas, de Pablo Larraín
Depois de filmar as histórias de Pablo Neruda, de Jackie Kennedy e da princesa Diana, o chileno Pablo Larraín continua sua saga pelas cinebiografias, desta vez contando a história da cantora Maria Callas, uma das sopranos mais famosas do século XX. No entanto, o que temos em tela é um filme bastante modorrento, e uma atuação forçada ao extremo da atriz Angelina Jolie, que não consegue ser crível em momento algum.
5º A Luz, de Tom Tykwer
Responsável por obras já consagradas, como Corra, Lola, Corra (1998), Perfume - A História de um Assassino (2006) e A Viagem (2012), o cineasta alemão Tom Tykwer errou feio a mão com A Luz, filme que abriu o ultimo Festival de Berlim, e que por sinal foi completamente rechaçado na sessão. Não é para menos, o filme tenta fazer várias críticas à sociedade moderna, mas empaca na confusão de ideias, que não são claras e se embaralham em um roteiro indigesto e confuso.
4º Babygirl, de Halina Reijn
Babygirl é um filme que prometia ser ousado, mas teve medo da sua própria ousadia e acabou sendo apenas mais um filme genérico e sem sal. Uma tentativa de drama com pitadas de um thriller erótico, e que não consegue acertar em nenhum dos gêneros que aposta. Personagens sem carisma e colocados em situações que beiram o ridículo, em um roteiro completamente entediante.
3º Eddington, de Ari Aster
Eu costumava dizer que Ari Aster era um diretor que dividia opiniões, mas depois de Beau Tem Medo, e agora principalmente após Eddington, acho que ele não divide mais: todos concordam que ele se perdeu na sua própria prepotência artística. Aster parece não saber mais como aproveitar toda a liberdade narrativa que ganha em seus filmes, e mais uma vez apresenta um roteiro insosso, repleto de sátiras sociais confusas e exageradas, e uma paranoia caótica sem propósito.
2º O Esquema Fenício, de Wes Anderson
O estilo cinematográfico singular de Wes Anderson já cansou há muito tempo. Não é de hoje que seus filmes se tornaram enfadonhos, se preocupando demais com a estética e com nomes renomados no elenco, e deixando de lado o que realmente importa: o enredo. Chato, entediante e repetitivo, Esquema Fenício é mais uma grande decepção do diretor.
1º Honey, Não!, de Ethan Coen
Honey, Não! é mais um desastre na carreira solo de Ethan Coen, depois do também terrível Bonecas em Fúria (2024). Desde que passou a fazer seus próprios filmes, sem a parceria do irmão Joel, Ethan não acertou uma sequer. Com um tom de comédia abestalhado, o filme é um emaranhado de situações vexatórias, e coloca o nome do diretor pelo segundo ano seguido na lista dos piores filmes que assisti.









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