segunda-feira, 17 de junho de 2013

Crítica: Segredos de Sangue (2013)


Contando com um elenco de peso, estrelado pela atriz Nicole Kidman, a estreia do Sul-Coreano Park Chan-wook (OldBoy e Mr. Vingança) no cinema norte-americano tinha tudo para ser uma grande produção. Pois bem, tinha.



Segredos de Sangue (Stroker) começa nos apresentando à India (Mia Wasikowska), uma garota que perde o pai em um suposto acidente, justo no dia em que completava 18 anos. Em luto,a  garota passa a ter que conviver sozinha com a mãe (Nicole Kidman), com quem a relação sempre foi problemática. 


Para aumentar o drama de India, ela deve lidar com a aparição de um tio (Mattew Goode) que não conhecia, que passa a viver por um tempo junto das duas na casa. Com o tempo, India vai descobrindo segredos desse tio que acabam alterando significativamente a vida de todos em volta.



O roteiro, escrito pelo ator de Prision Break, Wentworth Miller, é extremamente simples e básico. Mas aí é que entra o diferencial de Chan-wook, que consegue transformar aquilo que poderia ser um filme de terror classe C em um dos filmes mais bem trabalhados visualmente dos últimos tempos.


Porém, essa estética brilhante utilizada pelo diretor não é suficiente para salvar um roteiro meia-boca, cheio de subtramas e momentos desnecessários. O grande pecado do filme é principalmente o seu desenrolar lento, aliado com as brechas no enredo que deixam um enorme vazio no final.



Sobre as atuações, temos só o que exaltar. Nicole Kidman está bem no papel da mãe, como há tempos não víamos. Mattew Goode passa a verdadeira imagem do psicopata que todos esperam ver, e Mia Wasikowska roubou a cena fazendo uma atuação segura e eficiente de uma garota estranha e melancólica.

Enfim, Segredos de Sangue é válido pela bela fotografia e suas cenas emblemáticas, mas deixa muito a desejar no resultado final, podendo ser facilmente deixado de lado. Uma pena, pois desde que tenha um enredo decente em mãos, Chan-wook é capaz de muito mais.


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