Ratos e Homens (Gary Sinise) - 1992
Baseado no livro de John Steinbeck, Ratos e Homens (Of Mice and Men) se passa em 1929 durante a Grande Depressão nos Estados Unidos, período que já havia sido abordado pelo mesmo autor no outro sucesso As Vinhas da Ira, adaptado em 1940 por John Ford.
Sob direção de Gary Sinise, o longa conta a história dos amigos George e Lennie, dois caipiras que buscam emprego em um país devastado pela crise financeira. Ambos são homens simples, sem estudos, que trabalham em fazendas e sobrevivem com aquilo que tem à disposição (geralmente uma cama em um estábulo e uma comida).
Lennie, apesar da força e da estatura elevada, possui uma doença que o faz ter uma mentalidade de criança. George por consequência tem que cuidar dele a todo momento, principalmente para evitar que ele se meta em confusão. Por conta da doença, Lennie possui uma sensibilidade extrema. Isso fica evidente no seu trato com os animais, tanto os cachorros da fazenda, quanto o rato morto que ele insiste em carregar no bolso.
Apesar do cenário indicar uma total falta de esperança, os dois nunca largam o sonho de sair dessa vida e ter sua própria terra, seu próprio lar. São tocantes os diálogos que eles mantém sobre isso, principalmente se pensarmos que o que eles queriam era tão pouco, e mesmo assim inatingível.
A dificuldade de Lennie em perceber o que é certo e o que é errado, além da falta de controle sobre suas ações, acaba resultando em confusões por onde passam, principalmente quando se trata de mulheres. Lennie acaba ficando encantado com a jovem esposa do filho do fazendeiro (Sherilyn Fenn), e mesmo que de forma inocente, acaba levando a um trágico final.
Por fim, Ratos e Homens é uma linda lição de amizade. George e Lennie se completam em quase tudo, precisando um do outro para se manterem vivos como nós precisamos de oxigênio. Sonhos, ambições, amizade e preconceito. Tudo tratado com maestria, que faz com que o filme seja uma verdadeira obra-prima.
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