O
novo filme do cineasta Pedro Almodóvar acompanha Janiz (Penélope Cruz),
uma mulher que trabalha como fotógrafa e acaba se relacionando com o
antropólogo Arturo (Israel Elejalde) depois de uma sessão de fotos. Como
resultado desta relação, Janiz engravida, e nove meses depois dá à luz
no mesmo dia e horário que Ana (Milena Smit), sua colega de quarto na
maternidade.
Com muito custo Janiz vai criando a filha pequena
sozinha, já que o relacionamento com Arturo não seguiu em frente, mas
aos poucos ela vai percebendo traços que a fazem duvidar de que é sua
filha de verdade. Querendo tirar a prova, ela decide fazer um teste de
DNA, ao mesmo tempo em que Ana ressurge em sua vida e passa uns dias na
sua casa ajudando a cuidar da criança. Entre coincidências e surpresas, o
melodrama construído por Almodóvar vai ganhando força nessas duas
personagens arrebatadoras, e na forma única que cada uma lida com a
solidão e com as alegrias e as dores de ser mãe.
Em relação ao roteiro, eu achei o começo um tanto corrido, e também me incomodaram os pulos temporais abruptos durante a narrativa. O filme também fala sobre o passado traumático da Espanha, sobre os mortos e desaparecidos durante a ditadura de Franco, e sobre o quanto é importante lembrarmos do passado para que não se repita esse tipo de atrocidade, mas achei bem precária a forma que o diretor faz a conexão entre os temas particulares das personagens e os temas políticos.
Em relação ao roteiro, eu achei o começo um tanto corrido, e também me incomodaram os pulos temporais abruptos durante a narrativa. O filme também fala sobre o passado traumático da Espanha, sobre os mortos e desaparecidos durante a ditadura de Franco, e sobre o quanto é importante lembrarmos do passado para que não se repita esse tipo de atrocidade, mas achei bem precária a forma que o diretor faz a conexão entre os temas particulares das personagens e os temas políticos.
De uns anos para cá, Almodóvar
tem deixado um pouco de lado o seu estilo mais extravagante e sarcástico
para dar lugar a um estilo mais pessoal e intimista, mesmo que algumas
características marcantes continuem presente em suas obras, como o
visual cheio de colorido e os personagens humanos em seus acertos e
erros. Outra coisa que permanece intacta é sua parceria com a atriz
Penélope Cruz, a oitava na carreira, que por sinal está incrível no
papel principal. Mães Paralelas é, por fim, mais um drama "novelesco"
feito por alguém que sabe muito bem trabalhar esse estilo no cinema, mas
que dessa vez deixa uma sensação de que faltou algo.
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