A palavra remake chega a dar um calafrio em boa parte dos cinéfilos. O fato é que poucas vezes uma refilmagem sai igual ou melhor que o original, sendo enorme o número de novas versões que simplesmente estragam toda a história. O grande problema é que o cineasta responsável sempre acha que pode fazer melhor, ou trazer uma nova visão sobre a história, o que muitas vezes dá errado de forma vergonhosa.
Na véspera da estreia de Carrie - A Estranha, remake do clássico do Brian de Palma lançado em 1976, o Cinema Arte traz uma lista com cinco refilmagens que deram certo, e outras cinco que, para o bem da humanidade, poderiam ter sido abortadas antes do lançamento.
Na véspera da estreia de Carrie - A Estranha, remake do clássico do Brian de Palma lançado em 1976, o Cinema Arte traz uma lista com cinco refilmagens que deram certo, e outras cinco que, para o bem da humanidade, poderiam ter sido abortadas antes do lançamento.
Refilmagens tão boas quanto os originais
Ben-Hur - William Wyler (1959)
O épico bíblico já havia sido adaptado para as telas em 1925 por Fred Niblos, mas foi essa versão de William Wyler que ganhou notoriedade. E quem notoriedade! O filme foi um sucesso de bilheterias e é até hoje um dos recordistas de Óscars com 11 estatuetas.
Scarface - Brian de Palma (1983)
Remake de Scarface - A Vergonha de uma Nação, lançado por Howard Hawks em 1932, esse talvez seja o maior exemplo de refilmagem que deu certo. Com a ajuda de Oliver Stone na concepção do roteiro, De Palma fez apenas algumas mudanças, transferindo a história de Chicago para Miami e ambientando o enredo no cenário dos anos 80. O destaque fica por conta da atuação antológica de Al Pacino.
Bravura Indômita - Ethan Coen (2010)
Fazer a refilmagem de um faroeste clássico que tinha nada menos do que John Wayne como protagonista, não é para qualquer um. Por isso mesmo, a edição de 2010 de Bravura Indômita, produzida pelos irmãos Coen, mereceu todos os elogios que recebeu do público e da crítica. O destaque fica por conta da fotografia e da atuação de Jeff Bridges, que encarna o personagem principal com brilhantismo.
Onze Homens e Um Segredo - Steven Soderbergh (2001)
A primeira versão, lançada em 1960 pelo diretor Lewis Milestone, tinha Frank Sinatra no papel principal de Danny Ocean. A releitura porém, não perdeu em nada em relação ao original, e com um elenco de peso que conta com George Clooney, Brad Pitt e Matt Damon, é um dos maiores remakes da história do cinema.
Lolita - Adrian Lyne (1997)
Sim, alguns vão me xingar e me acusar de blasfêmia. Mas o fato é que, mesmo Kubrick sendo o meu diretor preferido, não nego que acho a releitura de Lolita bastante superior. A diferença de comportamento entre as épocas lançadas talvez seja o principal motivo desse filme, dirigido por Adrian Lyne, trazer com muito mais veracidade a polêmica relação existente no livro homônimo de Vladimir Nabokov.
Refilmagens desnecessárias
Psicose - Gus Van Sant (1998)
Essa versão do clássico de Hitchcock feita por Gus Van Sant é uma das coisas mais absurdas e desnecessárias da história do cinema. O filme foi um verdadeiro tiro no pé dos estúdios Universal, que saíram no prejuízo com a rejeição monstruosa do público.
A Casa de Cera - Jaume Collet-Serra (2006)
Jaume Collet-Serra usou e abusou da arte de transformar um dos maiores clássicos do suspense em um filme de terror pré-adolescente com atuações fracas e com um elenco péssimo. Só a participação vergonhosa de Paris Hilton já vale o dinheiro do ingresso de volta.
O Dia em que a Terra Parou - Scott Derrickson (2008)
Clássica ficção-científica dos anos 50, O Dia em que a Terra Parou ganhou uma refilmagem terrível e sem propósito, protagonizada pelo sempre fraco Keanu Reeves. O resultado final foi triste de ver, de verdade.
O clássico de 1963 transformou-se em uma comédia escrachada e sem graça, liderada pelo comediante Steve Martin. O filme passou longe do original, que trazia muitos mistérios e referências que muitos cinéfilos idolatram.
É comum essa prática do cinema americano de pegar filmes estrangeiros e transformar em produto próprio, sobretudo no gênero terror. E é gritante o quanto isso é nocivo pra obra original, já que geralmente eles erram feio a mão na tentativa de "americanizar" tudo. É o caso de Quarentena, refilmagem do espanhol Rec, de 2007.
A Pantera Cor-de-Rosa - Shawn Levy (2006)
O clássico de 1963 transformou-se em uma comédia escrachada e sem graça, liderada pelo comediante Steve Martin. O filme passou longe do original, que trazia muitos mistérios e referências que muitos cinéfilos idolatram.
Quarentena - John Erik / Drew Dowdle (2009)
É comum essa prática do cinema americano de pegar filmes estrangeiros e transformar em produto próprio, sobretudo no gênero terror. E é gritante o quanto isso é nocivo pra obra original, já que geralmente eles erram feio a mão na tentativa de "americanizar" tudo. É o caso de Quarentena, refilmagem do espanhol Rec, de 2007.
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