sexta-feira, 8 de outubro de 2021

Crítica: Oleg (2019)

 


Nos últimos anos, muitos filmes têm trazido à tona o importante tema da imigração. Oleg, do diretor Juris Kursietis, é mais um exemplo que se propõe a mostrar a realidade destas pessoa que tentam a sorte em outros países e que enfrentam inúmeras dificuldades, desde a questão linguística até o preconceito e a desvalorização.


O filme acompanha Oleg (Valentin Novopolskij), um homem natural da Letônia que tenta a carreira de açougueiro em Bruxelas. Depois de ser culpado por algo que não fez, ele acaba perdendo o emprego num frigorífico da capital belga, e precisa se virar para sobreviver em um país que não fala sua língua e que não lhe dá outras oportunidades de trabalho. Uma das alternativas é se juntar a um grupo de índole duvidosa, em troca de um lugar para dormir e comer. Pensando estar sendo acolhido, ele na verdade está sendo usado e enganado por Andrzej (Dawid Ogrodnik), que só quer se aproveitar da sua fragilidade.

Achei bem realista a abordagem que o diretor faz da dificuldade de adaptação que imigrantes enfrentam diariamente, além do menosprezo por parte dos nativos e da violência. Oleg é um personagem que na maior parte do tempo se mostra passivo às situações que lhe ocorrem, mesmo quando lhe fazem muito mal. O filme não aborda muito sua vida fora do que lhe acontece em tempo real, mas sabemos que ele mantém contato com a avó na Letônia, por quem tem um grande apreço e aparentemente é por quem ele está buscando melhorar de vida.


Confesso que não entendi algumas metáforas que o diretor tentou utilizar, principalmente envolvendo a religião, e isso atrapalhou um pouco a minha experiência com o filme, mas de um modo geral é uma estória que me prendeu, já que acho o tema interessante e super atual.


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