quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Crítica: O Pálido Olho Azul (2022)


Adaptado do livro homônimo escrito por Louis Bayard, O Pálido Olho Azul (The Pale Blue Eye) é um thriller psicológico intenso e bastante sombrio que se passa nos arredores de Nova Iorque nos anos 1830, e acompanha a investigação sobre a morte precoce e intrigante de um cadete da Academia Militar dos Estados Unidos.


Em seus sexto filme da carreira, o diretor Scott Cooper retoma pela terceira vez a sua parceria com o ator Christian Bale, que desta vez dá vida ao inspetor aposentado Augustus Landon, convocado para resolver o caso de um jovem soldado que foi encontrado enforcado durante a madrugada. Ele logo ganha a ajuda de Edgar Allan Poe (Harry Melling), um jovem soldado e aspirante a poeta, que se empolga com a ideia de investigar a morte por gostar de temas mórbidos. 

O roteiro vai caminhando lentamente (até demais), soltando dicas nada sutis ao longo do decorrer da trama, o que fez com que eu conseguisse descobrir o motivo da morte bem antes do meio do filme, o que normalmente não acontece pois definitivamente não sou bom em desvendar mistérios. Porém, confesso que o grande plot twist que acontece no final me pegou de surpresa.

 


O grande nome do filme é Bale, mas quem rouba mesmo a cena é Harry Melling, na pele do excêntrico e desajeitado Poe. Os dois juntos são responsáveis pelas melhores cenas do longa, numa parceria que à primeira vista deu muito certo.  Apesar do ritmo extremamente arrastado, e da sua longa duração também não ajudar, O Pálido Olho Azul vale a pena por algumas boas sequências e pelo clima sombrio e gótico que apresenta, que deve agradar os fãs da obra de Poe, mesmo que aqui ele seja um mero personagem fictício.

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