Sendo apenas o segundo filme dirigido por
Aaron Sorkin, que é mais conhecido por seu trabalho como roteirista, Os
7 de Chicago (The Trial of the Chicago 7) conta a história real do
famoso julgamento de sete homens acusados de incitar a violência no
famoso protesto anti-guerra durante uma convenção do partido democrata
em Chicago, no ano de 1968.
Particularmente esse filme veio em
boa hora, pois acabei de ler Nix, do escritor Nathan Hill, que conta
detalhes de como foi esse protesto sob a visão de uma jovem ativista. O filme
serviu então, coincidentemente, como um complemento do que li, inclusive
abordando alguns fatos descritos no próprio livro. No entanto, o enredo
de Sorkin foca no depois dos protestos, quando os sete homens, de
diferentes grupos, estão sob julgamento, acusados de serem os
responsáveis pelo conflito com a polícia que acabou em vários feridos.
O
longa se passa quase inteiramente dentro do tribunal, mas os
acontecimentos da tarde do protesto são mostrados ao longo da projeção
através de flashbacks e até mesmo de imagens de arquivo. O mais
interessante, no entanto, é a forma como o juiz do caso (Frank Langella)
se mostra totalmente parcial a favor da força policial e contra os
jovens. Há até mesmo espaço para discussão do racismo, quando um membro
dos Black Panters é acusado injustamente de fazer parte da confusão.