domingo, 25 de agosto de 2013

Crítica: A Busca (2013)


Infelizmente somos acostumados a ver, cada vez mais, filmes nacionais absurdos e muito mal feitos sendo lançados por aqui, e o pior, levando boa parte da população aos cinemas. Por tudo isso, poucos momentos cinematográficos me deixam tão contente quanto assistir um filme de qualidade feito em solo brasileiro, e olha que não são poucos. Com A Busca, filme dirigido por Luciano Moura, tive essa sensação.


A trama acompanha a vida de Theo Gadelha (Wagner Moura), um médico e pai de família que de um dia para o outro vê sua vida ruir com o pedido de divórcio da esposa, Branca (Mariana Lima). No meio de tudo isso está o filho do casal, o adolescente Pedro (Brás Antunes), de apenas 15 anos. Theo tenta uma reaproximação, mas a posição de Branca é definitiva. Ele passa então a ver o filho só quando visita a casa onde ele fica morando com a mãe, mas claramente não é bem-vindo. 

Para amenizar o sofrimento do filho, que fica bastante transtornado com as mudanças, Theo decide mandá-lo para um intercâmbio, na esperança de que até sua volta, as coisas estejam resolvidas. Porém, Pedro não aceita ir, e numa atitude impulsiva, resolve fugir de casa anunciando que vai viajar com um amigo.


Ao perceberem que ele não volta pra casa após o prazo estabelecido, os pais descobrem que na verdade não havia viagem nenhuma. Theo inicia então uma busca para saber o verdadeiro paradeiro do garoto. Reunindo pistas com pessoas que dizem terem visto o garoto, ele acaba atravessando dois estados para enfim chegar ao reencontro final.

Na viagem, Theo passa a rever alguns valores, numa verdadeira trajetória de auto-conhecimento entre vilarejos pobres do interior do Brasil. Além do mais, aos poucos, ele passa a descobrir coisas do filho que antes ele não fazia ideia. Essa é a grande lição levantada pelo filme, ao trazer uma gritante crítica aos pais e filhos que pouco se conhecem mesmo vivendo diariamente debaixo do mesmo teto.


A atuação de Wagner Moura é como sempre marcante. A fotografia é belíssima, a trilha sonora mais ainda, e o enredo é muito bem montado. É interessante perceber que cada personagem que aparece no caminho de Theo tem algo a mostrar, e uma história interessante para contar. Os diálogos são simples, mas não óbvios.

Por fim, A Busca é uma experiência bacana, de um filme nem um pouco forçado, que não tenta ser o que não é. Há, com certeza, alguns pontos negativos, mas que de tão pequenos, passam a ser insignificantes perto do bom resultado final. Uma luz no fim do túnel do cinema nacional é acendida a cada filme como esse. Vale a pena!

Recomendação de Filme #31

Vermelho Como o Céu (Cristiano Bortone) - 2006


Sensível e emocionante, como todo bom drama italiano. É assim que começo a descrever Vermelho Como o Céu (Rosso Come il Cielo), único longa-metragem da carreira do diretor Cristiano Bortone, conhecido principalmente pela sua carreira televisa no país da bota.

O enredo conta a história real de Mirco (Luca Capriotti), um garoto alegre de 10 anos que adora cinema e vive numa pequena cidade italiana, nas proximidades de Pisa. Por conta de um acidente doméstico com a arma do pai, ele acaba perdendo a visão, tendo de frequentar um colégio especial para deficientes visuais em Gênova, ficando longe do convívio com os pais e com os antigos amigos.

Seguindo regras rígidas e contando com uma ideologia atrasada, a escola inibe os alunos de pensarem por si só, deixando evidente a ideia de que, por serem cegas, as crianças não tem condições de ter uma vida decente e conjunta com o restante das pessoas.



A partir de então, o filme passa a mostrar a estória de superação do garoto, através de um enredo lírico e poético, feito com maestria por Bortone. Como a trama é ambientada em um dos momentos políticos mais interessantes na Itália, obviamente que seria abordado o autoritarismo,  personificado na figura do diretor da escola, um homem amargo (também cego) que não acredita na capacidade criativa dos deficientes como ele.

Mirco cresce, e aos poucos é obrigado a se adaptar com a escuridão. Porém, sua paixão pelo cinema continua tão forte quanto antes, e ao encontrar um gravador perdido, ele passa a gravar e editar sons, montando suas próprias histórias sonoras. O tremular de uma bandeja imita o som de um trovão, o assoviar de uma garrafa imita o som do vento, e é com o apoio dos colegas e o uso dessas técnicas, que ele cria um mundo novo cheio de possibilidades.


Uma das cenas mais marcantes é quando Mirco descreve as cores para um menino cego de nascença. Segundo ele, o azul é como sentir o vento bater em seu rosto ao andar de bicicleta, o marrom é como o tronco de uma árvore e o vermelho é como o fogo, e é também a cor que o céu fica no pôr do sol.

Vermelho Como o Céu não se trata apenas de um filme de superação, mas um filme sobre a possibilidade de deixar de lado a vitimização por conta de uma doença, que só traria amargura, para um sentimento de felicidade com a vida que ainda resta pela frente. Por mais trágico que seja algo, sempre haverá um lado bom, e com perdão do trocadilho, o filme nos faz ver o mundo com outros olhos. Uma verdadeira declaração de amor e uma homenagem ao cinema.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Crítica: Elena (2013)



Normalmente, quando um diretor se propõe a fazer um documentário auto-descritivo da sua própria vida nas telas do cinema, isso acaba se tornando mais um meio de realização pessoal do que um eventual produto cinematográfico. Em Elena, porém, temos uma gratificante quebra desse paradigma.



O documentário trata do grande peso que a vida adquire quando nada parece estar tomando o rumo certo, e reflete sobre um momento muito triste da vida da diretora Petra Costa. Porém, apesar de ser algo bastante pessoal, ela se preocupou em não fazer um filme apenas para si mesma e seus familiares, mas para um público em geral que, assim como eu, nunca havia ouvido falar do seu nome.

Começamos acompanhando Petra em Nova Iorque, enquanto ela refaz os passos que sua irmã Elena fez nos anos 90, quando deixou o Brasil para viver o sonho de ser atriz de cinema nos Estados Unidos. Mesclando imagens do arquivo da família, quando Petra era ainda um bebê, com imagens dela já adulta reconstruindo os passos da irmã, o filme faz uma forte reflexão sobre a busca dos sonhos e o processo de perda dos mesmos.



O que o transforma em um bom filme não é apenas o drama pessoal de Petra, mas a forma lírica e poética com que ela reconta toda sua história de vida e principalmente sua relação com a irmã. Tudo isso acaba culminando na revelação de que a verdadeira Elena, descontente com o insucesso na carreira e carregando um forte peso de culpa nas costas, decide se suicidar ainda jovem. A narrativa nos faz pensar em todos os fatos que a levaram a cometer tal ato, e a mergulhar fundo na sua melancolia e na sua dor.

Apesar de ser um documentário, o longa é bastante diferente dos filmes do gênero que comumente são lançados, primeiramente pela forma como é transcrito. Quase não há entrevistas, e a narradora (a própria Petra Costa) conta toda a história como se estivesse escrevendo uma carta a sua irmã.




Por fim, fui assistir sem pretensão nenhuma e saí dilacerado, pensando na solidão que todos carregamos sem sequer percebermos. No final, Elena transborda o limite do pessoal e acaba se transformando em um filme universal, onde todos se identificam e mergulham fundo no vazio que é a vida, já que tudo que acontece é suscetível a qualquer um de nós.


terça-feira, 20 de agosto de 2013

Crítica: Os Amantes Passageiros (2013)



No começo desse ano, o diretor espanhol Pedro Almodóvar anunciou, para alegria dos fãs, o início das filmagens de seu novo filme, Os Amantes Passageiros (Los Amantes Pasajeros), uma comédia escrachada que prometia voltar às origens da sua carreira.  Muito se falou e se especulou sobre a volta do diretor aos cinemas, principalmente depois da aclamação de A Pele Que Habito, lançado em 2011. Porém, toda a expectativa criada sobre seu novo trabalho foi por água a baixo depois da estreia mundial, já que de longe é o pior trabalho da sua extensa carreira. 


Na primeira cena do longa, nos deparamos com Penélope Cruz e Antônio Banderas, trabalhando na pista de pouso de um aeroporto, minutos antes de um avião da companhia Península iniciar os trabalhos de decolagem. Infelizmente, os dois aparecem apenas nesses 3 primeiros minutos do filme, numa aparição relâmpago, como uma espécie de homenagem do diretor aos dois atores que já trabalharam inúmeras vezes com ele.

Logo após, o avião parte em direção a Cidade do México. Sua tripulação é um caso a parte, composta quase que inteiramente por gays espalhafatosos, e pelo co-piloto que jura ser hétero, mas que no fim deixa escapar sua inclinação contrária. Após alguns minutos no ar, os tripulantes descobrem que há um problema técnico na aeronave: o trem de pouso está trancado, e isso impossibilita uma aterrissagem normal. Temeroso com o problema, o piloto passa a sobrevoar em círculos enquanto espera a resposta dos aeroportos para que se possa fazer um pouso de emergência.


Aos poucos, numa crise de pânico, os passageiros e os tripulantes passam a conversar entre si, contando sobre suas vidas e revelando fantasias e segredos até então secretos. A excelente oportunidade de criar algo realmente bom em cima disso acaba sendo desperdiçada com histórias fúteis e totalmente superficiais, que em nada acrescentam a quem as assiste. Tudo isso com direito a uma "orgia" na segunda parte do filme, numa das sequências mais eróticas já filmadas por Almodóvar, que acabou ficando tão deslocada quanto todo o restante do enredo.

Os personagens são extremamente caricatos, e assim como o enredo, passam a trama inteira sem rumo. Nem mesmo no início da carreira, lá no longíguo início dos anos 80, Almodóvar fez algo tão sem propósito e despretensioso. O fato é queo diretor errou feio, e chega a ser desconcertante o que ele provoca nos fãs que esperaram seu novo trabalho com ansiosidade, deixando caminho aberto aos críticos, que há tempos vêm dizendo que ele perdeu a mão na hora de criar coisas novas. Seu próximo trabalho terá de ser incrivelmente superior para preencher o enorme vazio criativo que esse filme deixou na sua carreira.


15 atores incrivelmente parecidos com os personagens da vida real.

Eles emprestaram seu talento para dar vida a personagens da vida real, e com a ajuda de alguns traços familiares, fizeram de seus papéis verdadeiras transformações (alguns sem nem precisar de muita maquiagem). Certos atores ficaram tão parecidos, que deixam na dúvida quem é o verdadeiro e quem é do filme se analisados de longe.

Selecionei então 15 exemplos de personificações impecáveis no cinema, de atores que estudaram a fundo a vida de artistas e políticos, fazendo uma verdadeira transposição do mesmo para as telas.


1. Daniel Day-Lewis com Abraham Lincoln, em Lincoln (2012)

2. Philip Seymour Hoffman como Truman Capote, em Capote (2005)

3. Robert Downey Jr. como Charlie Chaplin, em Chaplin (1992)

4. Meryl Streep como Margaret Thatcher, em A Dama de Ferro (2011)

5. James Franco como James Jean, em James Jean (2001)

6. Benício Del Toro como Ernesto Guevara, em Che (2008)

7. Bruno Ganz como Adolf Hitler, em A Queda - As Últimas Horas de Hitler (2004)

8. Michelle Williams como Marilyn Monroe, em Sete Dias com Marilyn (2011)

9. Gary Oldman como Sid Vicious, em Sid & Nancy (1986)

10. Ben Kingsley como Mahatma Gandhi, em Gandhi (1982)

11. Val Kilmer como Jim Morrison, em The Doors (1992)

12. Jamie Foxx como Ray Charles, em Ray.

13. Cate Blanchett como Bod Dylan, em Não Estou Lá.

14. Daniel de Oliveira como Cazuza, em Cazuza - O Tempo Não Pára (2004)

15. Marion Cotillard como Edith Piaf, em Piaf - Um Hino ao Amor (2007)

domingo, 18 de agosto de 2013

Recomendação de Filme #30

Ensaio Sobre a Cegueira (Fernando Meirelles) - 2008

O cinema foi criado com o propósito de entreter os espectadores, e até hoje é visto dessa forma. Mas e quando um filme ultrapassa essa barreira, deixando de simplesmente divertir, para fazer uso de duras criticas acerca do comportamento humano? 



Em Ensaio Sobre a Cegueira (Blindness), adaptação fiel do excelente livro do escritor português José Saramago, os sentimentos mais nefastos do ser-humano são desnudados de forma sublime e cruelmente realista. Quando uma cidade é infestada por um vírus misterioso, pouco a pouco os moradores vão perdendo a visão, numa cegueira branca que deixa as autoridades sem saber o que fazer.

Como alternativa, o governo passa a trancafiar os infectados em um prédio onde antes ficava um antigo hospício, deixando-os em quarentena. Porém, não esperavam que a epidemia fosse atingir um número tão grande de pessoas, e a cidade acaba ficando deserta, com ares pós-apocalípticos.
A cegueira não distingue raça, religião, sexo, nem classe social, igualando toda a sociedade em um mesmo padrão. Apenas uma pessoa continua misteriosamente enxergando: a personagem sem nome vivida por Julianne Moore. Aliás, nenhum personagem possui nome na trama, o que ajuda na nivelação de todos.

Aos poucos, a epidemia vai acordando dentro de cada um suas verdadeiras personalidades, seja para o bem ou para o mal. No prédio onde os cegos estão isolados, todos vivem relativamente em harmonia, até que um grupo liderado pelo personagem de Gael García Bernal decide chefiar o local, criando regras que descriminam o restante, mesmo que na verdade, estejam todos no mesmo barco.


Já nas ruas, vagando sem rumo, os personagens que conseguiram escapar daquela tirania se dão conta do caos em que o mundo se transformou. Uma terra sem leis, onde o mais forte se sobressai sobre o mais fraco. É impossível não encaixar a história do filme e do livro com o que vemos na realidade, como por exemplo em situações de desastres naturais, onde é cada um por si e todos contra todos.

José Saramago vetou diversas vezes a adaptação do livro ao cinema, até que o brasileiro Fernando Meirelles conseguiu convencê-lo. Tamanha maestria com que Meirelles comanda o enredo adaptado fez com que o criador da obra chorasse ao assisti-la no cinema. Realmente, poucas vezes foi vista uma adaptação tão fiel a um livro como essa, passando exatamente aquilo que a obra escrita desejava passar. As atuações do filme são fortes e verdadeiras, sendo um diferencial que se faz notar a cada cena.


Por fim, Ensaio Sobre a Cegueira é mais um desses filmes em que é preciso ter coragem para assistir, não sendo para qualquer um, principalmente as mentes sensíveis. É preciso coragem principalmente para enxergar nos personagens um pouco de cada um de nós. Um pouco do que é o comportamento humano na mais plena necessidade de se sobressair ao outro a qualquer custo.

Os 5 Melhores Filmes de Roman Polanski.

O diretor, roteirista e ator franco-polonês Roman Rajmund Polanski completa nesse domingo 80 anos de idade. Nascido em Paris no dia 18 de agosto de 1933, Polanski é dono de uma carreira brilhante, mas com uma vida pessoal conturbada e rodeada de polêmicas com a polícia.

Vencedor do Oscar de 2003 pelo filme O Pianista (The Pianist), Polanski é um dos mais conceituados diretores do cinema, mas infelizmente seu nome acabou ficando mais conhecido mundialmente por outros motivos. Em 1969, sua esposa Susan Tate, grávida de oito meses, foi brutalmente assassinada pela família Manson, comandada pelo serial killer Charles Manson. Em 1977, foi condenado por ter tido relações sexuais com uma menor, fugindo definitivamente dos Estados Unidos em direção ao seu país de origem, onde luta desde então contra o processo de extradição. Atualmente, Roman Polanski está preso na Suiça, depois de ser abordado pela polícia local quando desembarcava no aeroporto de Zurich para um festival de cinema em 2009.
Porém, deixando as polêmicas de lado, vamos ao que de fato interessa, seus filmes, que geralmente traziam personagens perturbados e com alucinações . Abaixo, uma lista com os 5 trabalhos mais marcantes da sua carreira.

1. Repulsa ao Sexo (1965)

Apesar de ser uma bela garota, a manicure Carol Ledoux (Catherine Deneuve) tem sérios problemas para se relacionar com os homens, resistindo ao assédio do namorado a cada tentativa sua de aproximação. Sozinha em casa após uma viagem da irmã, a moça entra numa paranoia aterrorizante, onde vê coelhos sem cabeça e rachaduras nas paredes, num pesadelo psicológico que inclui cenas mudas de estupro.

2. O Bebê de Rosemary (1968)

Um casal se muda para um prédio onde residem pessoas estranhas. O marido passa a fazer amizade com um casal de bruxos vizinhos, um pouco antes de ela engravidar. Após descobrirem sobre a gravidez, o casal deseja que o filho dela seja o filho do demônio. Mais um filme do diretor envolvendo alucinações e perturbações psicológicas.

3. Chinatown (1974)

Estrelado por Jack Nicholson, Chinatown conta a história J. J. Gittes, um detetive particular que recebe a visita de um mulher que acredita que seu marido possui uma amante. Ele começa a se envolver com gângsters, em uma trama cheia de reviravoltas e com um dos mais marcantes e polêmicos do cinema, trazendo a tona um terrível caso de incesto.

4. O Pianista (2004)

Grande produção de Polanski, o filme se passa durante a Segunda Guerra Mundial. O pianista judeu Wladyslaw Szpilman trabalha em uma rádio de Varsóvia quando as primeiras bombas começam a cair na cidade. Com o crescimento da guerra, os judeus passaram a ter seus direitos cada vez mais restringidos, e ele acaba tendo de deixar o emprego para ser encaminhado a um campo de concentração. Szpilman é o único que consegue fugir, e passa a vagar por prédios abandonados até que a guerra termine.

5. O Inquilino (1976)

Trelkovski (Polanski), um polonês que vive na França, aluga um apartamento em um antigo edifício residencial, onde seus vizinhos são quase todos velhos e reclusos, e o vêem com desprezo e suspeita. Ao descobrir que a jovem que vivia anteriormente no apartamento cometeu suicídio, ele gradativamente começa a ficar obcecado pela sua história. Sua obsessão, reunido ao clima do local, faz Trelkovski se convencer de que seus vizinhos planejam mata-lo.

As 5 Melhores Atuações de Edward Norton.

Edward Norton é um dos profissionais mais bem quistos dessa nova geração de atores que iniciaram a carreira na década de 90. Seu nome passou a ser conhecido logo na sua primeira aparição, no filme As Duas Faces de um Crime (Primal Fear), de 1996, que lhe rendeu de cara uma indicação ao Oscar de melhor ator coadjuvante.

Nascido em Boston, no dia 18 de agosto de 1969, o ator completa nesse domingo 44 anos de idade. Abaixo, uma lista com as cinco melhores atuações da sua carreira.



1. A Outra História Americana (1998)


Em A Outra História Americana (American History X), Norton é Derek Vinyard, líder de uma gangue de neo-nazistas que prega a discriminação racial de forma violenta. Ao ser preso, ele acaba fazendo amizade com um rapaz negro, e começa a rever os conceitos que o levaram a fazer a cabeça de muitos jovens que seguiam seus pensamentos. Ao sair da cadeia, ele percebe que o irmão mais novo seguiu seus passos, o que culmina em um trágico fim.


2. Clube da Luta (1999)


Edward Norton é o narrador dessa história angustiante e cheia de reviravoltas. Chamado de "Jack" durante a trama mas permanece até o fim sem um nome específico. Dirigido por David Fincher, Clube da Luta (Fight Club) é baseado no livro homônimo de Chuck Palahniuk. Junto de Tyler Durden (Brad Pitt), ele forma um cube de combates, onde seguindo uma série de regras, são feitas lutas entre duas pessoas. É um filme controverso, e divide opiniões, mas é unânime que a atuação de Norton é nada menos do que espetacular.


3. O Povo Contra Larry Flynt (1996)


Dirigido pelo grande diretor Milos Forman, O Povo Contra Larry Flynt (The People vs. Larry Flynt) conta a história real de Larry Flynt (Woody Harrelson), polêmico editor e presidente de uma famosa revista pornográfica, que enfrentou diversos processos na justiça americana, acusado de ir contra as morais e os bons costumes. Seu advogado era Alan Isaacman, vivido por Norton.

4. O Ilusionista (2004)

Norton é Eisenheim, um famoso ilusionista que assombra as plateias de Viena com seu impressionante espetáculo de mágica. Suas apresentações despertam a curiosidade de pessoas do mundo todo, inclusive dos mais poderosos. Desconfiando que suas mágicas não passam de fraudes, um príncipe vai ao show disposto a desmascará-lo, delegando um inspetor de polícia para expor a verdade por trás da apresentação. É nesse momento que Eisenheim prepara o maior truque da sua vida.

5. As Duas Faces de Um Crime (1996)

Um arcebispo é assassinado com 78 facadas, e tudo indica que o assassino é um jovem de 19 anos (Edward Norton), que foi preso com as roupas cobertas com o sangue da vítima. Um advogado bem sucedido se propõe a defende-lo, sem cobrar honorários, já que o crime tomou conta da opinião pública e ele vê nisso a chance de ter seu nome na mídia.

sábado, 17 de agosto de 2013

As 10 Melhores Atuações de Robert De Niro.

Premiado ator, diretor e produtor cinematográfico, Robert Mário De Niro Jr. nasceu em Nova Iorque no dia 17 de agosto de 1943. Vencedor de dois Oscars, um de melhor ator e outro de melhor ator coadjuvante, De Niro ficou conhecido pela sua parceria com o diretor Martin Scorsese, com quem ele fez boa parte dos seus principais filmes da carreira. Além de Scorsese, De Niro ainda trabalhou com outros grandes nomes do cinema como Coppola, De Palma, Sergio Leone e Bertolucci, sendo protagonista dos maiores clássicos do gênero gângster (característica que marcou sua carreira).


Geralmente costumo fazer uma lista com cinco filmes de cada ator para homenageá-los, mas a carreira de De Niro é tão brilhante que foi difícil escolher dez, tendo de deixar ainda alguns de fora. Enfim, abaixo vocês conferem a lista com as 10 atuações mais marcantes do ator, que atualmente continua no cinema fazendo papéis cômicos em filmes "família".


1. Taxi Driver (1976)


Travis Bickle (Robert De Niro), de 26 anos, é um veterano soldado da guerra do vietnã, que começa a trabalhar como motorista de táxi em Nova Iorque, vagando solitário pelas ruas da cidade à noite. Aos poucos, vai crescendo dentro dele um sentimento de raiva com a miséria, a violência e os vícios que ele presencia diariamente durante sua rotina. Enquanto compra armas e planeja um atentado contra um senador que concorre ao cargo de presidente da república, ele tenta ajudar uma prostituta de 12 anos (vivida por Jodie Foster) a largar seu cafetão e voltar para casa e para os estudos. Dirigido por Martin Scorsese, Taxi Driver mostrava o lado podre da cidade, que não vemos nos encartes de turismo nem na televisão.

2. Touro Indomável (1980)


Mais uma vez trabalhando sobre a direção de Scorsese, em Touro Indomável De Niro dá vida ao pugilista Jake La Motta, o "touro do bronx", que sobiu na carreira na mesma velocidade em que sua vida se degradou, graças ao seu temperamento violento e seu comportamento auto-destrutivo. De Niro deu tudo de si pelo personagem: treinou boxe durante meses com o próprio LaMotta, e chegou a engordar 25 quilos para interpretar o pugilista no período em que ele já está aposentado.

3. O Poderoso Chefão:Parte II


O segundo filme da trilogia O Poderoso Chefão volta um pouco no tempo em relação ao primeiro, e nesse flashback, De Niro interpreta o chefão Vito Corleone quando ele ainda era jovem e vivia na Sicília. Ao ter sua família morta pela máfia, ele viaja em direção a América, onde começa aos poucos a montar seu famoso império. Junto com Al Pacino e Marlon Brando, De Niro é um dos principais nomes que fazem com que o filme seja o grande clássico que é.

4. Os Bons Companheiros (1990)


Em Os Bons Companheiros, novamente de Scorsese, De Niro é James "Jimmy" Conway, um mafioso em ascensão. Ao começar a se envolver em golpes cada vez maiores, ele adquiri um certo respeito e prestígio entre os outros mafiosos, formando seu próprio grupo, que pratica grandes roubos e trafica drogas. Por conta disso, ele começa a ser perseguido pelos agentes federais, culminando em um final nada feliz.

5. Os Intocáveis (1987)

Em Os Intocáveis, De Niro novamente é chefe de um grupo mafioso, mas não qualquer chefe. Dessa vez ele é nada menos que Al Capone, o gângster que tocou o terror no norte dos Estados Unidos no início do século 20. Quando um agente federal tenta acabar com seu reinado, ele recruta um poderoso time de corajosos e incorruptíveis homens para ajuda-lo.

6. Cabo do Medo (1991)


Outra parceria sua com Scorsese, em Cabo do Medo De Niro é Max Cady, um psicopata que é preso por 14 anos acusado de estupro. Ao ser libertado, ele busca vingança contra o ex-advogado de defesa, que omitiu informações que alterariam a decisão do júri no tribunal. Ele passa a aterrorizar o advogado e sua família, usando os meios mais legais possíveis para evitar ser novamente preso.

7. Tempo de Despertar (1990)


Em um hospital psiquiátrico, vários pacientes estão aparentemente catatônicos, sem nenhuma perspectiva de voltarem a acordar. Entre eles está Leonard (De Niro), que está há décadas adormecido. Quando um novo neurologista começa a trabalhar no hospital, ele começa a estudar a doença e descobre uma maneira de tentar reverter a situação. Como "cobaia", ele utiliza o personagem de De Niro, que gradualmente começa a se recuperar. A recuperação de Leonard abre um precedente para que o tratamento comece a ser testado em outros pacientes.

8. Era Uma Vez na América (1984)


Junto com seu amigo Maximilliam, David Aaronson (De Niro) cresce nas ruas de Nova Iorque cometendo pequenos delitos. Aos poucos, esses delitos começam a se transformar em crimes maiores, e o grupo formado pelos amigos vira uma poderosa máfia. Devido a diferenças de ideias, os dois acabam se separando e tornando-se rivais. O longa dirigido pelo italiano Sergio Leone, traz uma visão dos acontecimentos, num reencontro dos dois 35 anos após a separação.

9. 1900 (1976)

Gigantesca produção do diretor Bernardo Bertolucci, 1900 mostra a vida de dois amigos de infância separados pelo destino. Olmo (Gerárd Depardieu) é um trabalhador nato, filho de um camponês, enquanto Alfredo Berlingheri (De Niro) é filho de um dono de terras, que vive do dinheiro da família, sem ter grandes preocupações. A diferença de classes não atrapalha na amizade, e os dois compartilham uma forte relação em meio ao crescimento do fascismo no país.



10. O Rei da Comédia (1983)

Rupert Pumpkin (De Niro) é um aspirante a comediante, que cansado de não conseguir espaço em lugar nenhum, resolve sequestrar Jerry Langford, um consagrado apresentador de televisão. Para escapar da confusão, Jerry concede um espaço no seu programa para que Rupert apresente seu número.