segunda-feira, 20 de março de 2017

Crítica: Vida (2017)


A ida ao espaço e os segredos do nosso imenso universo são temas que não saem nunca de moda no cinema, e todo ano há uma nova abordagem do assunto. Desta vez quem resolveu beber desta fonte foi o diretor Daniel Espinosa, que traz em Vida (Life) uma estória que empolga, mesmo sendo mais do mesmo.


Na trama, um grupo de astronautas está na estação espacial internacional e vive a expectativa do retorno de uma cápsula que foi a Marte e está trazendo amostras do solo do planeta vermelho com o objetivo de desvendar mais pistas do eterno mistério a respeito da vida além da terra. Eles conseguem identificar uma célula microscópica com vida que vai se degenerando e crescendo com estímulos, o que é comemorado com entusiasmo. Porém, as coisas saem do controle quando o estranho organismo ganha vida própria e passa a atacar os tripulantes da nave.

É evidente que Vida bebe da mesma fonte que outros filmes do gênero, ou seja, possui uma grande influência de Alien. Mas não dá para negar sua originalidade em alguns pontos. A fotografia e o design de produção do filme são impecáveis. As cenas dentro da nave são quase inteiramente filmadas por câmeras em movimento, atravessando os ambientes como se tivessem flutuando pela gravidade, o que deixa um clima interessante.


O elenco tem como destaque Jake Gyllhenhal, Ryan Reynolds e Rebecca Ferguson, que são os membros mais experientes do grupo, mas ainda conta com Hiroyuki Sanada, Olga Dihovichnaya e Aryion Bakare. Todos juntos cumprem seus papéis, sem grande brilhantismo mas de forma convincente. Por fim, para quem gosta de ficção científica, Vida é um bom entretenimento, e mesmo previsível consegue trazer bons momentos.