Representante da Alemanha no último Óscar de filme estrangeiro, Nunca Deixe de Lembrar (Werk Ohne Autor) é a odisseia de um artista desde sua infância na Alemanha Hitlerista até sua consagração na já Alemanha dividida pelo Muro de Berlim. Ao retratar cerca de 4 décadas da vida de Kurt Barnert, o filme viaja pela história do país e suas diversas mudanças sociais, que foram influenciando a vida e o estilo técnico do artista.
Burnert já nasceu com dom para pintura e sempre foi incentivado pela tia (Saskia Rosendahl), que o levava a exposições de arte. No entanto, sua vida tranquila na pacata Dresden mudou completamente com a intensificação da guerra, e ele foi obrigado a se mudar e deixar tudo para trás, inclusive se afastando da tia que o tratava como filho.
Na adolescência, sua criatividade foi interrompida pelos nazistas, que achavam sua arte muito moderna, e depois de adulto, procurou refúgio na parte oriental da Alemanha, onde pintava apenas quadros de Realismo Socialista a mando dos soviéticos. Ainda que fosse sufocado por todos os lados, ele sempre procurou aprimorar sua própria personalidade artística ao longo dos anos, sempre influenciado pelas mudanças comportamentais da sociedade.
Na adolescência, sua criatividade foi interrompida pelos nazistas, que achavam sua arte muito moderna, e depois de adulto, procurou refúgio na parte oriental da Alemanha, onde pintava apenas quadros de Realismo Socialista a mando dos soviéticos. Ainda que fosse sufocado por todos os lados, ele sempre procurou aprimorar sua própria personalidade artística ao longo dos anos, sempre influenciado pelas mudanças comportamentais da sociedade.
O filme, no entanto, não foca apenas na sua trajetória artística, mas é também uma aula sobre a arte moderna alemã, e a importância dela no cenário mundial. Além disso, mostra o lado humano do pintor, com suas relações interpessoais e principalmente seu grande amor por Ellie (Paula Beer), uma jovem idealista e cheia de vida.
O que mais encanta ao longo de todo o filme é certamente sua fotografia, unida a uma trilha sonora belíssima. Não há um defeito, não há uma crítica ruim a se fazer, pois é um trabalho impecável de direção e da parte técnica. As atuações também são exemplares. O enredo não se torna cansativo em nenhum momento, mesmo com suas longas 3 horas de duração, e tem cenas memoráveis, de beleza ímpar.
No filme há ainda espaço para uma crítica sobre a falta de incentivo às artes manuais, uma arte tão bonita que vai ficando cada vez mais defasada. Por fim, Nunca Deixe de Lembrar é mais do que uma homenagem ao artista e à arte em si, mas é também, como o próprio nome traduzido sugere, uma lembrança de como guerras podem afetar gerações e trazer consequências eternas na vida de um país.
No filme há ainda espaço para uma crítica sobre a falta de incentivo às artes manuais, uma arte tão bonita que vai ficando cada vez mais defasada. Por fim, Nunca Deixe de Lembrar é mais do que uma homenagem ao artista e à arte em si, mas é também, como o próprio nome traduzido sugere, uma lembrança de como guerras podem afetar gerações e trazer consequências eternas na vida de um país.
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