segunda-feira, 7 de março de 2016

Crítica: Amor por Direito (2016)


Em junho de 2015, a Suprema Corte dos Estados Unidos tomou uma decisão histórica ao liberar o casamento entre pessoas do mesmo sexo em todos os 50 estados da federação. Amor por Direito (Freeheld), de Peter Solett, se passa anos antes dessa importante conquista e mostra justamente a dificuldade que os casais homossexuais enfrentavam antes da lei ser finalmente aprovada.


Laurel Hestel (Julianne Moore) é uma competente detetive de polícia de Nova Jersey, que trabalha há mais de duas décadas no mesmo departamento e tem um grande respeito de todos. Apesar de ser bem sucedida, ela precisa manter sua vida privada em segredo, pois sua homossexualidade poderia prejudicar toda sua carreira. Apaixonada por Stacie (Ellen Page), ela precisa mentir para todos, por exemplo, que ela é apenas sua colega de quarto, com medo do tratamento que receberia de contasse a verdade.

O relacionamento das duas toma um choque quando Laurel descobre estar com um câncer em estado avançado. Com dias contados, ela pretende deixar sua pensão para Stacie, com quem mantem uma união estável, mas a lei e as autoridades da cidade não permitem. Isso é apenas o estopim para um grande movimento popular que surge para ajudar o casal a conseguir aquilo que por direito deveria ser seu.


O filme levanta muito a questão dos direitos dos casais homossexuais, num período em que o casamento ainda não era permitido na federação. Se todas as mulheres dos policiais recebem pensão por morte, porque ela não poderia usufruir deste direito? Só porque sua companheira era uma mulher?

Grande atuação, mais uma vez, de Moore. Que grande atriz, e é uma lástima não ter sido lembrada pelo Óscar. Outro destaque é Ellen Page, no papel da carismática Stacei. Além delas, chama a atenção Steve Carell no papel de um pastor gay que é o agitador do movimento de protesto pela causa.


Apesar do dramalhão, por vezes até exagerado, o filme tem um clima leve e até divertido em momentos isolados. Vale mais pela mensagem que passa e por abrir os olhos do mundo para que a decisão seja tomada e outros países.

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