domingo, 15 de janeiro de 2017

O Nascimento de Uma Nação (2016)


Um carrasco pergunta a um homem se há alguma palavra que ele queira dizer para as "pessoas de bem" antes da sua morte, diante de uma multidão ensandecida. Seu crime? Ter nascido negro. O Nascimento de Uma Nação (The Birth of a Nation), de Nate Parker, traz novamente o tema da escravidão à tona, e isso nunca será fácil de ser retratado.


Nat Turner (Nate Parker) cresceu em uma lavoura de algodão da Virgínia, comandada por uma família branca que não tinha, por hábito, tratar mal seus escravos. Isso o possibilitou a aprender a ler com a ajuda de sua "dona". Já adulto, Nat ficou conhecido por pregar a palavra da bíblia nas casas vizinhas

Acostumado com uma realidade pacífica, Nat logo se choca com o tratamento violento dado por alguns brancos a seus escravos, e esse sentimento só aumenta quando essa violência chega no seu âmbito familiar. Decidido a tentar mudar isso, ele reúne um grupo de escravos para se rebelarem em busca de um "renascimento da nação", mais igualitária e humana.


Numa realidade em que até aqueles que pareciam compreensivos se mostravam no fim serem iguais aos outros, era difícil qualquer sinal de reação por parte dos escravos. Não havia ajuda do outro lado, muito pelo contrário. O filme aparentemente conta uma história igual a tantas outras já contadas, mas no entanto, na medida em que o tempo passa, percebemos que, mesmo o assunto já tendo sido abordado inúmeras vezes, ainda há espaço para coisas novas e ainda mais revoltantes.

Fracasso de bilheteria nos Estados Unidos (o principal motivo seria a grave acusação de estupro contra o diretor/protagonista Nate Parker), O Nascimento da Nação tentou ser tão forte quanto o filme homônimo da época do cinema mudo, mas ficou abaixo do esperado. Ainda assim, pelo seu tema, que sempre traz reflexões e discussões, ele é bastante válido.

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