Uma das melhores sensações que existe para quem gosta de cinema é começar a olhar um filme sem pretensão alguma e terminar totalmente apaixonado pelo que viu. Foi o que aconteceu comigo ao assistir A Arte de Ser Adulto (The King os Staten Island), novo filme do diretor Judd Apatow (de O Virgem de 40 Anos e Ligeiramente Grávidos).
O filme conta a história de Scott (Pete
Davidson), um jovem de 24 anos que tem como hobby fumar maconha com seus
amigos e fazer pequenas tatuagens em todos eles. Mesmo com o passar dos
anos, Scott nunca conseguiu superar a perda precoce do pai, um bombeiro
que morreu em serviço. Desde então, sempre viveu na companhia da mãe
(Marisa Tomei) e a irmã (Maude Apatow), mas apesar da convivência entre
eles ser boa, nunca levou a sério as responsabilidades da vida. Aos
poucos, porém, ele vai se adequando ao mundo adulto, principalmente
depois que sua mãe inicia um romance com Ray (Bill Burr) e ele passa a
desempenhar um papel crucial nessa sua mudança de perspectiva.
Conhecido
por ser um cineasta de comédias, Apatow não deixa de lado essa sua veia
humorística aqui, mas consegue trabalhar muito bem também com o outro
lado, o do drama, unindo os dois gêneros com muita competência. Ao mesmo
tempo em que fala sobre temas fortes como traumas do passado, uso de
drogas, depressão e a tentativa de se encaixar no mundo atual, o diretor
suaviza tudo isso acrescentando várias piadas inteligentes e boas
referências ao mundo pop.
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