domingo, 13 de junho de 2021

Crítica: Cruella (2020)


Dirigido por Craig Gillespie (de A Garota Real e Eu, Tonya), Cruella vai muito além de uma simples releitura em live-action de uma história animada, como tem sido feito aos montes nos últimos anos, e acerta justamente ao trazer uma história original sobre uma velha personagem conhecida do público. A antagonista Cruella De Vil apareceu pela primeira vez nas telas em 1961, na animação 101 Dálmatas, e ganhou sua primeira versão live-action em 1996 nas mãos da atriz Glenn Close. Agora, nesta nova versão de 2021, Gillespie se propôs a mostrar as origens da vilã como ninguém havia feito, desde quando ela ainda se chamava Estella.



Estella desde criança mostrava ser uma menina de personalidade forte e que não gostava de seguir regras. Logo cedo acaba perdendo a mãe num acidente, e passa a viver com dois amigos trombadinhas com quem pratica pequenos delitos para sobreviver. Seu sonho sempre foi trabalhar com moda, e ela fica em êxtase quando consegue um emprego em uma famosa agência de Nova Iorque, sem saber que seu cargo seria na parte da limpeza. Certo dia, quando a dona da agência, a conceituada estilista Baronesa (Emma Thompson) visita o local, ela se encanta com uma vitrine criada "sem querer" por Estella, e isso faz com que a a jovem ganhe uma oportunidade e comece a sonhar ainda mais alto na carreira. Mas é aí que começa também uma rivalidade conflituosa dela com a estilista de sucesso.

Gillespie soube conduzir muito bem o roteiro, que não podia perder seu tom infantil mas ao mesmo tempo precisava agradar os olhos adultos. Emma Stone e Emma Thompson estão impecáveis nos seus papéis, o que ajuda essa rivalidade entre elas ser mais crível o possível. Gostei também dos personagens que servem como "comparsas" de Cruella, que diferente dos filmes anteriores, não são seres totalmente desprovidos de inteligência e a ajudam de verdade nas ações. 

 


Algo que sempre me incomoda nos grandes filmes americanos da atualidade é a sensação final de que eles terão uma sequência, como se o filme não tivesse um fim propriamente dito e não bastasse sozinho. E isso acontece aqui em Cruella. O roteiro tem os seus clichês e facilitações, mas isso não estraga a experiência. Há que se destacar por fim  a trilha sonora, uma das mais incríveis que ouvi nos últimos anos, e que revisita vários clássicos do Rock n' roll. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário