quarta-feira, 16 de junho de 2021

Crítica: Rocks (2020)


Quando foram anunciados os indicados ao BAFTA deste ano, dois filmes de destacaram com sete indicações cada. Um deles era o conhecidíssimo Nomadland, que logo depois veio a conquistar não somente o próprio BAFTA como também o Óscar de melhor filme. O outro era o desconhecido Rocks. Mas afinal, que filme é esse?


Dirigido pela britânica Sarah Gavron (de As Sufragistas), Rocks é um drama bastante humano sobre a dificuldade universal de se viver às margens da sociedade nas periferias espalhadas por aí. O roteiro acompanha Rocks (Bukky Bakray), uma adolescente que sonha ser uma cantora de rap. A personagem é uma típica menina do colegial, que é divertida, está sempre rodeada das amigas e não tem muita preocupação em tirar notas boas ou ser um exemplo a ser seguido.

Mas em casa, as coisas não são tão boas como ela deixa aparentar na escola. Sua mãe foi embora deixando apenas um bilhete e alguns trocados, e Rocks precisa cuidar do irmão menor, Emannuel. A menina tenta esconder a todo custo a situação para que a assistência social não bata na sua porta e separe os irmãos, e enquanto isso, precisa achar uma maneira de sustentar os dois usando seus dotes para maquiagem.



Rocks deixa algumas coisas em aberto, e em certos momentos parece até um pouco perdido na sua condução. Porém, não tem como não deixar de falar do elenco juvenil, que está espetacular em cena. Sobretudo a protagonista, Bukky Bakray, cuja estreia nas telas com certeza vai abrir novas portas para ela na carreira. É um filme curto e direto, com uma filmagem que por vezes parece até um documentário, e que mesmo não sendo perfeito é altamente recomendável pelo tema abordado e pela enorme diversidade de seus personagens

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