sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Crítica: Nem um Passo em Falso (2021)

 


Com distribuição exclusiva da HBO Max no Brasil, o novo filme do diretor Steven Soderbergh, Nem Um Passo em Falso (No Sudden Move), traz uma visão bastante pessimista do ser humano, onde não se pode confiar nem mesmo na sua própria sombra e o dinheiro é quem comanda tudo.


A trama se passa em Detroit, na metade dos anos 1950, e mostra um grupo de criminosos que é reunido, sob uma circunstância misteriosa, para roubar uma pasta de documentos com informações sigilosas. São chamados para a missão Ronald (Benicio Del Toro), Curt (Don Cheadle) e Charley (Kieran Culkin), que não se conheciam antes e precisam correr contra o tempo para botar o plano em ação.

Não há muito aprofundamento na história pregressa dos personagens. Não temos muitas informações de quem são, como chegaram até ali, e isso talvez distancie um pouco o espectador de uma eventual empatia com eles. Isso porém não é culpa dos atores, que estão muito bem nos papéis, em um elenco recheado de estrelas. Além dos três ótimos protagonistas, ainda temos a participação dos veterano Ray Liotta, Bill Duke e Brendan Fraser, além de Matt Damon.


O que mais impressiona no filme é sua fotografia e a ambientação da época. É um trabalho primoroso na questão técnica, e isso, juntamente com as atuações, é o que prende a atenção até o final, já que o roteiro em si faz algumas escolhas duvidosas. Final esse que, inclusive, foi uma boa surpresa. Tenho muitas ressalvas em relação a filmografia do Soderbergh, diretor que acho muito inconstante, mas esse talvez seja o seu melhor trabalho desde Minha Vida com Liberace (2013).


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