quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Crítica: The Homesman (2014)


Faroeste escrito, dirigido e protagonizado por Tommy Lee Jones, The Homesman estreou em Cannes desse ano onde recebeu diversos elogios da crítica especializada. Cheio de simbolismos, o longa mostra sobretudo o amadurecimento de Jones como diretor, nesse que talvez seja seu melhor filme até o momento.



Mary Bee Cuddy (Hilary Swank) tem 31 anos e vive solitária em uma pequena vila do velho oeste americano. Apaixonada por música, ela passa os dias cuidando de suas terras enquanto espera um homem com quem possa se casar e estabelecer uma família, único requisito que faria com que ela deixasse de ser mal vista pela sociedade da época.

Quando três mulheres da redondeza enlouquecem, aparentemente após serem maltratadas pelos próprios maridos, ela aceita a missão de transportá-las para o outro lado do Rio para um lugar onde elas possam ser tratadas. No meio do caminho, antes mesmo de iniciar a jornada, ela se depara com George Briggs (Tommy Lee Jones), um homem rude e canastrão que foi amarrado em uma árvore após invadir a propriedade de um homem poderoso.



Ao ser salvo por Mary, ele aceita acompanhá-la na viagem. Na imensidão do deserto surgem inúmeros percalços para atrapalhar a trajetória da dupla, onde eles são obrigados a lidar com a natureza e com uma trilha cheia de ódio entre homens e indígenas. Do meio para o final, um acontecimento inesperado deixa perplexo o espectador, mudando o rumo da história e fugindo de qualquer clichê.

Apesar de possuir algumas cenas chocantes, principalmente envolvendo crianças, o enredo é levado com bom humor em boa parte do tempo.  A música de Marco Beltrani encanta e dá o ritmo certo à trama, combinando com a magnífica fotografia. As atuações também são bastante convincentes. Jones e Swank criam uma excelente dupla mesmo com suas diferenças e seus interesses distintos, e o filme ainda nos brinda com a participação especial de Meryl Streep no final.



Por fim, The Homesman é um nome forte para estar na próxima edição do Óscar, principalmente para Swank, que nos traz uma das melhores atuações de sua carreira. É uma grata surpresa de um gênero que vem sendo aos poucos trazido de volta aos cinemas, e que não perde em nada aos grandes clássicos.


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