domingo, 24 de março de 2013

Crítica: Pietá (2012)


Conhecido por seus filmes brutais e ao mesmo tempo sensíveis, o Sul-Coreano Ki-dum Kim traz em Pietá (Pieta) uma dura crítica ao mundo moderno regido pela ganância e aos extremos que o homem chega por causa do dinheiro. E como todo filme Coreano que se preze, é carregado por um único sentimento do começo ao fim: vingança.



A trama narra a vida de Kang-Do, um homem de 30 anos que vive sozinho e sem luxos em seu apartamento, e trabalha cobrando dívidas para os agiotas. O diretor não poupa esforços para mostrar todo o lado sádico do personagem, que usa de violência extrema contra os que não podem pagar, aleijando-os e alterando assim suas vidas para sempre.


De repente uma misteriosa mulher aparece na sua vida, dizendo ser sua mãe que o abandonou quando ele ainda era uma criança. O início dessa relação entre mãe e filho chega a ser cômico, com ele não acreditando e ela o seguindo por todas as partes. Até que ele resolve aceitá-la no seu apartamento e começa a nutrir um certo sentimento por ela com o passar dos dias.



Esse aparecimento repentino da mãe é apenas o pontapé inicial (e central) da estória. O personagem se mostra extramente selvagem, e de início trata a mãe com hostilidade, até pelo fato de nunca ter tido uma experiência de ser amado na vida antes. Mas com o tempo acaba se apegando tanto, que não consegue mais se ver vivendo a vida solitária de antes.

Pietá possui cenas fortes de violência física, mental e até mesmo sexual, fato que fez com que em muitas amostras do filme as pessoas saíssem ainda na metade. Mas não se pode dizer que tenham sido cenas gratuitas. Ao meu ver foi uma tentativa do diretor de mostrar um pouco da natureza humana e seus instintos, e logicamente não poderia ter sido diferente.



Sobre as atuações, é de se bater palmas de pé para os dois protagonistas. Lee-Jung Jin interpreta Kang-Do de forma magistral, enquanto Min-Soo Jo nos faz sentir à flor da pele as emoções da sua personagem, tamanha é a sua entrega.




Por fim, trata-se de um longa cheio de reviravoltas, e com um final inesquecível. Brutalmente lindo, é um filme que te faz refletir durante horas após terminar. Resumindo: um filme para os que tem coração e estômago fortes.


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