quinta-feira, 12 de junho de 2014

Crítica: O Grande Hotel Budapeste (2014)


Ao longo da última década, foram poucos os diretores que conseguiram arrecadar uma legião tão grande de admiradores como Wes Anderson. Conhecido por seus trabalhos visualmente exuberantes, cheios de cores e detalhes, Anderson tem sido aclamado pela crítica depois de bons filmes como Os Excêntricos Tenembaums e Moonrise Kigdom, e era de se esperar que seu novo filme, O Grande Hotel Budapeste, viesse a ser um dos mais esperados do ano.



A trama se passa na república fictícia de Zubrowka, na fronteira oeste da Europa, onde está localizado o Grande Hotel Budapeste, um glorioso e gigantesco prédio que nos anos 30 era badalado e acolhia o público da mais alta sociedade. O gerente do lugar era Mounsieur Gustave (Ralph Fiennes), um homem rígido que tinha como seu escudeiro o jovem Zero Moustafa (Tony Revolory), um mensageiro estagiário.

Quando uma importante condessa aparece morta, deixando um quadro valiosíssimo para Gustave em troca dos favores que ele sempre proporcionou a ela, a família dela passa a persegui-lo. Acusado de ser o mandante do crime, ele acaba preso, e após se juntar a um grupo e conseguir fugir, ele começa a ser perseguido pela polícia.



Anderson possui uma forma de direção tão singular, que seus filmes costumam tanto agradar como desagradar, sobretudo quem não está acostumado com seu estilo. Seu humor peculiar é meio bobo, e confesso que por vezes me irrita. Mas a fotografia, o elenco sempre afiado e a trilha sonora sempre acabam tornando seus filmes uma experiência e tanto, e isso é inegável.

A lista de nomes consagrados no elenco é de dar inveja a qualquer grande diretor: Ralph Fiennes, Bill Murray, Edward Norton, Adrien Brody, F. Murray Abraham, Harvey Keitel, Jude Law, Léa Seydoux, Mathieu Amalric, Owen Wilson, Tilda Swinton, Tony Revolori e Williem Dafoe. Isso nem sempre significa que o filme será bom, mas com Anderson geralmente é, pois ele sabe usar muito bem as atuações dos atores, criando para eles personagens memoráveis.



Narrado por Moustafa já velho (Abraham F. Murray), que está contando como se tornou dono do hotel para Junger Schiriftsteller (Jude Law), é um bom entretenimento mas não chega a ser o melhor filme do diretor. O enredo confuso deixa um pouco a desejar, e apesar dos bons momentos, nem mesmo a fotografia impecável conseguiu salvá-lo.


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