sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Crítica: Corações de Ferro (2014)


Desde o lançamento dos primeiros trailers, já era evidente que Corações de Ferro (Fury) tinha tudo para ser um dos grandes filmes do ano. E quem pensou isso realmente não estava enganado. Escrito e dirigido pelo americano David Ayer (Velozes e Furiosos, Dia de Treinamento e Os Reis da Rua), o longa já pode ser considerado um jovem clássico do gênero.



O filme se passa na reta final da Segunda Guerra Mundial, mais precisamente em abril de 1945. Um comboio de tanques norte-americanos é mandado para uma missão em pleno território alemão, onde tem que enfrentar cara a cara o inimigo. Um desses tanques, denominado de Fury (nome original do filme), é comandado pelo sargento Collier (Brad Pitt), um experiente e competente militar.

Um dos seus comandados é o novato Norman (Logan Lerman), que trabalhava como datilógrafo antes da Guerra e nunca recebeu nenhum tipo de treinamento para estar no front. Chamado às pressas, pela necessidade de um número maior de homens, o garoto sofre com os horrores da guerra e vê a morte de perto pela primeira vez na vida.  Apesar de manjado, o filme faz uma forte crítica ao modo como eram, e ainda são, recrutados os soldados para as guerras, onde são obrigados a deixar suas vidas cômodas para se transformarem em máquinas de matar. 



Me chamou a atenção o modo visceral do filme. Sanguinolento e brutal, o filme não economiza na violência, mostrando a sensação de estar num campo de batalha com uma veracidade impressionante. Com uma fotografia escura e sombria, e uma trilha sonora fantástica, o filme encanta os apaixonados pelo gênero, e já entra pra lista dos melhores do mesmo.

As atuações são bem consistentes. Brad Pitt prova que continua um excelente ator mesmo com o passar dos anos. Quem se destaca também é Logan Lerman, que interpretou Percy Jackson na saga juvenil, e traz um papel dramático brilhante. Chamam atenção ainda Shia Labeouf, Michael Peña e Jon Bernthal, todos membros do grupo de Collier.



Por fim, Corações de Ferro é um filme que chama atenção desde o primeiro momento, e é uma das apostas para o Óscar 2015. Um filme que busca mostrar o companheirismo que existe mesmo em momentos como uma Guerra, e o extremo que o ser-humano pode chegar pela sobrevivência. Um filme altamente recomendável.


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