terça-feira, 4 de agosto de 2015

Crítica: Ex Machina (2015)


Há muito tempo que a criação de uma inteligência artificial, capaz de sentir emoções iguais as nossas, vem sendo discutida e abordada no cinema. Alguns filmes sobre o assunto viraram clássicos como A.I. Inteligência Artificial, de Steven Spielberg, e Eu, Robô, adaptação do livro de Isaac Asimov, e desta vez quem traz o tema à tona novamente é o diretor Alex Garland (de Dredd e Extermínio), com o impactante e memorável Ex Machina.



Nathan (Oscar Isaac), dono de uma mega empresa de pesquisas online chamada Blue Book (uma espécie de Google, só que ainda mais avançado), sorteia um dos seus funcionários para passar uma semana em sua casa, isolada no meio do nada. O escolhido é Caleb Smith (Domhnall Gleeson), um jovem e exímio programador que fica contente e ao mesmo tempo intrigado com o que o espera por lá durante esses dias.

Ao chegar no local Caleb fica impressionado com o que vê, e não demora para que Nathan lhe explique qual é a sua verdadeira intenção de de ter sua presença ali. O magnata está empenhado em revolucionar o mundo tecnológico e para isso criou Ava (Alicia Vikander), um robô com inteligência artificial que tem tudo para ser a máquina mais perfeita já criada por um ser humano. 



A missão de Caleb é participar do "Teste de Turing" com Ava, que consiste em tentar provar que a máquina pode ser tão inteligente quanto um ser humano ao ponto de conseguir se passar por um sem ser descoberta. As coisas entre os três começam a sair do controle e um tenta manipular o outro, onde ninguém mais sabe em quem pode confiar.

O final, apesar de previsível, finaliza de forma sublime esse longa hipnotizante. As atuações são convincentes, inclusive de Alicia Vikander, que aparece o filme inteiro na forma de um esqueleto metálico que é coberto por uma pele sintética. O clima tenso e claustrofóbico toma conta de boa parte do filme, que começa de maneira intrigante mas parece se perder um pouco do meio para o fim, o que de forma alguma prejudica o resultado final.



Com mais acertos do que erros, pode-se dizer que Ex Machina é uma experiência e tanto para quem gosta de ficção científica, e pode vir a se tornar um jovem clássico com o passar dos anos. Um dia, quem sabe, a inteligência artificial poderá vir a se tornar uma realidade, e para falar a verdade, isso não é mais tão difícil de imaginar como antigamente.


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