sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Crítica: A História Verdadeira (2015)


Baseado no livro de memórias homônimo lançado pelo jornalista Michael Finkel, A História Verdadeira (True Story), do diretor estreante Rupert Goold, conta para o público a relação que Michael teve com um dos criminosos mais procurados dos Estados Unidos logo depois de sua captura, em 2002.



Christian Longo (James Franco) está na lista dos mais procurados pelo FBI, acusado de ter matado brutalmente as três filhas e a mulher. Depois de uma extensa procura ele finalmente é capturado em Cancún, no México, onde se escondia usando o nome de um jovem jornalista do The New York Times, Michael Finkel.

Quando Michael (Jonah Hill) fica sabendo que seu nome era utilizado pelo criminoso em sua fuga, ele logo fica intrigado e resolve ir atrás para tentar entender o motivo. Já no primeiro encontro o prisioneiro confessa ser fã do trabalho do jornalista e promete contar toda a verdade por trás do crime, desde que ele prometa escrever e publicar um artigo sobre isso.



Ao longo de suas visitas à penitenciária, Michael vai fazendo anotações e descobrindo um pouco mais da vida de Christian, que por sua vez, vai manipulando a história da sua forma. O enredo tenta criar dúvidas na cabeça do espectador em relação a sua verdadeira culpa, mas não obtém êxito justamente por não ter se aprofundado mais e ter deixado tudo muito óbvio desde o início.

No fim, o que era para ser somente um artigo se transforma em um livro, mas o enredo não se aprofunda muito no que consta nele, deixando isso bastante vago. Para piorar, a montagem dá a entender que de um dia para o outro Michael sentou e escreveu mais de 100 páginas sobre o assunto, sem nem ter conversado direito com Christian. Uma falha grave de edição e noção de tempo.



James Franco está muito bem no papel de Christian, mas em compensação, Jonah Hill continua o mesmo ator de sempre, completamente sem sal e deslocado do resto. Até quando Hollywood vai insistir nele? Mais estranha ainda é a participação de Felicity Jones, que teve seu talento mal aproveitado em uma personagem sem relevância alguma para a história. Por fim, o que poderia ter sido um bom filme se perde em erros bobos, e o resultado final visto em cena é um pouco decepcionante, ainda que não seja de todo ruim. Como estreante, Rupert Goold ainda parece ter muito o que aprender na direção.


2 comentários:

  1. Quero dizer-lhe que adoro os filmes porque são muito interessantes, podemos encontrar de diferentes gêneros. De forma interessante, o criador optou por inserir uma cena de abertura com personagens novos, o que acaba sendo um choque para o espectador. Desde que vi o elenco de Inferno imaginei que seria uma grande produção, já que tem a participação de atores muito reconhecidos, pessoalmente eu irei ver por causo do atriz Felicity Jones, uma atriz muito comprometida. Eu a vi recentemente em A Monster . É uma historia que vale a pena ver. Para uma tarde de lazer é uma boa opção. A direção de arte consegue criar cenas de ação visualmente lindas.

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  2. A cena de felicitou Jones foi a única coisa que se aproveitou em todo o filme

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