quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Crítica: Duna (2021)


Um dos filmes mais aguardados do ano finalmente chegou aos cinemas brasileiros nesta semana. Duna (Dune), dirigido por Denis Villeneuve, se baseia no livro homônimo lançado por Frank Herbert em 1965 e que é considerado até hoje o livro de ficção científica mais vendido da história. Eu confesso a vocês que não li o livro e também não assisti a versão de 1984, dirigida por David Lynch, então para mim foi todo um universo novo a ser descoberto e eu gostei muito de tudo que vi.


O filme começa nos apresentando o desértico e distante planeta Arrakis, que há 80 anos é dominado pelos forasteiros Harkonnen, que exploram as dunas do local atrás de especiarias que são extremamente valiosas. Certo dia, o império decide tirar os Harkonnen do local e designar Leto Atreide (Oscar Isaac) como novo comandante do planeta. Atreide, que vivia em Caladan, viaja até Arrakis com sua família para se instalar e se adaptar a Arrakis, que é extremamente quente com temperaturas que chegam a mais de 140 graus no sol. Os únicos que conseguem sobreviver sem problemas nessas condições são os Fremen, nativos do planeta. Quando Leto descobre que foi traído pelo império, ele se vê obrigado a se juntar aos Fremen para combater os inimigos, que querem ele e sua família mortos.

Eu gostei muito da contextualização que o diretor faz da história para quem, assim como eu, não a conhecia. Não foi nada superficial, mas também não foi aquela coisa explicativa chata, cheia de detalhes e informações, que poderia tornar o filme  bem tedioso. Os diálogos também foram bem construídos, sem serem expositivos, e o ritmo é ideal para prender a atenção e fazer o espectador adentrar no enredo. Com certeza o que mais chama a atenção em Duna é o seu visual, com cenas grandiosas e esteticamente impecáveis. Eu não costumo gostar de filmes com muito GCI, mas aqui isso não me incomodou em momento algum, até porque tudo me pareceu bem natural. A trilha sonora, composta por Hans Zimmer, também é um espetáculo à parte.

 

Por fim, Duna se mostra um ótimo início de saga, e não poderia ter caído em melhores mãos senão nas de um dos melhores diretores da nossa atualidade. Denis Villeneuve continua mostrando o porque ser, hoje, um dos nomes mais badalados pela crítica, e tenho orgulho de dizer que sou fã de longa data, desde o espetacular Incêndios (2010).

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