domingo, 20 de novembro de 2022

Crítica: Noites Brutais (2022)


"O filme de terror mais surpreendente que você verá este ano". Este foi o slogan utilizado pela 20th Century Studios para vender Noites Brutais (Barbarian), filme que de certa forma surpreende sim, mas pelo nível de displicência que a direção conduz aquele que, para mim, é um dos piores roteiros do ano.


O longa começa com Tess (Georgina Campbell) chegando a um bairro abandonado de Detroit, onde alugou um Airbnb para passar algumas noites enquanto participa de uma entrevista de emprego no centro da cidade. Ao tentar abrir a porta da residência, ela se depara com Keith (Bill Skarsgard), e eles logo descobrem que alugaram a mesma casa para o mesmo período, o que aparentemente parece ser um equívoco do proprietário. Por estar chovendo forte, e pela necessidade de descansar para estar bem na entrevista do dia seguinte, Tess aceita dormir no local, e os dois acabam até mesmo se dando bem, ainda que haja entre eles um claro desconforto e constrangimento pela situação.

Não demora, no entanto, para Tess perceber que tem coisas estranhas acontecendo nesta casa. Quando vai até o porão procurar papel higiênico, ela acaba ficando trancada lá embaixo, e enquanto espera a chegada de Keith para abrir a porta, descobre uma passagem secreta que leva para uma espécie de masmorra. Keith e Tess então se juntam para tentar descobrir o que aconteceu naquele local, mas a vida deles passa a correr um sério risco.


Os primeiros 40 minutos tem um ótimo ritmo, e é essencial para conhecermos os personagens e entrar de cabeça na história. Porém, no meio do filme acontece uma mudança brusca que quebra completamente o ritmo, com a adição de novos personagens, quase como se fosse um filme diferente, e a partir de então o roteiro se perde completamente em uma sucessão de aleatoriedades que se tornam bem difícil de engolir. As atuações são ruins, os diálogos são péssimos, e a montagem fecha com chave de ouro a trinca de motivos para ficar bem longe desta tragédia cinematográfica.


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